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Tensão e trauma crescentes entre sobreviventes de tufão nas Filipinas

Comunicados à imprensa

Tensão e trauma crescentes entre sobreviventes de tufão nas Filipinas

Tensão e trauma crescentes entre sobreviventes de tufão nas FilipinasACNUR informou nesta terça-feira que parceiros civis e governamentais têm relatado uma crescente tensão e trauma nos locais atingidos pelo tufão Haiyan, nas Filipinas.
13 Novembro 2013

MANILA, Filipinas, 12 de novembro (ACNUR) - A Agência de Refugiados da ONU informou nesta terça-feira que parceiros civis e governamentais têm relatado uma crescente tensão e trauma nos locais atingidos pelo tufão Haiyan, nas Filipnas, no momento em que a ajuda às vítimas está a caminho. Tal situação tem afetado especialmente mulheres e crianças vulneráveis.

O ACNUR é umas agências que lidera o grupo de proteção com o Departamento de Assistência Social e Desenvolvimento do governo filipino, no âmbito da resposta de emergência inter-agencial do Sistema ONU para as vítimas deste desastre natural.

Um primeiro avião carregado com itens de ajuda humanitária do ACNUR sairá amanhã, de Dubai, em direção a Cebu, no centro do arquipélago filipino. A agência irá distribuir lanternas movidas à energia solar para mitigar os riscos de violência contra as mulheres e reforçar a proteção das famílias deslocadas. Também enviará lonas plásticas, cobertores, roupas e outros itens de ajuda para cerca de 1.400 famílias. Esses recursos serão complementados com carregamentos aéreos de tendas e suprimentos para 16 mil famílias nos próximos dias.

"Nossa equipe está em contato com as autoridades locais e outros parceiros de proteção nas nove regiões afetadas para avaliar a segurança física dos sobreviventes, o acesso a serviços básicos e a assistência humanitária. Também estamos atentos à proteção das mulheres, crianças e outros grupos vulneráveis, tais como idosos, deficientes e outros grupos minoritários", disse um porta-voz do ACNUR.

Estima-se que o tufão tenha deslocado mais de 800 mil pessoas. Os que vivem em casas ao longo da costa correm risco de novas inundações, uma vez que outra tempestade foi registrada hoje. Algumas pessoas deslocadas preferem permanecer em suas casas parcialmente danificadas a dirigir-se a um dos mais de 1.400 centros de recepção. Outros montaram tendas improvisadas perto de suas casas.

Os sobreviventes precisam urgentemente de comida, água potável, medicamentos, roupas e lonas de plástico. Mas estradas danificadas, pontes e destroços acumulados dificultam o acesso humanitário, especialmente para áreas remotas. Isso está contribuindo para um um clima de insegurança, pois algumas pessoas desesperadas estão pilhando mercados em busca de água e comida. Há relatos não confirmados de destruições de caixas de banco e roubos de suprimentos.

"Com a capacidade nacional e local agora severamente prejudicada, as atividades de proteção são vitais", disse José Riera, conselheiro sênior da Divisão de Proteção Internacional do ACNUR em Genebra. "Essas atividades também incluem reunir os familiares, estabelecer mecanismos para recuperar documentos perdidos, apoiar crianças desacompanhadas e evitar a exploração e o abuso das mulheres", acrescentou.

Para permitir uma atuação justa e segura das agências humanitárias, a ajuda deverá ser coordenada com o governo nacional - que está liderando a gestão desta crise. Sobreviventes traumatizados precisarão de aconselhamento psicossocial. A população deverá ser cada vez mais contatada para receber informações precisas sobre questões de proteção. Isso pode facilitar o monitoramento de incidentes e a criação de um sistema centrado em sobreviventes de violência de gênero.

A atual situação está colocando os mais vulneráveis ​​em significativa situação de risco. Mulheres e crianças estão mendigando nas ruas por doações, expondo-se ao abuso e à exploração. Com linhas de energia ainda rompidas, a falta de iluminação aumentou a vulnerabilidade de mulheres e crianças em casa ou nos centros de recepção, especialmente à noite.

Como co-líder do grupo de Proteção, o objetivo principal do ACNUR é auxiliar o Departamento de Assistência Social e Desenvolvimento e outras autoridades, tais como a Comissão Nacional de Direitos Humanos, na criação de um mecanismo conjunto de proteção nas áreas afetadas pelo tufão.

"Nossa equipe está fornecendo conhecimento e apoio técnico para tratar de questões de proteção, e também vai ajudar o governo a garantir a criação de um sistema para que as populações deslocadas tenham acesso à documentação civil e aos serviços essenciais", disse o porta-voz do ACNUR.

O primeiro carregamento aéreo do ACNUR está previsto para esta quarta-feira, saindo de Dubai para Cebu, nas Filipinas, com tendas e outro tipo de ajuda não alimentar. A Agência da ONU para Refugiados também enviou uma equipe de emergência para as Filipinas, incluindo especialistas de proteção. Outros voos com ajuda são esperados ainda para esta semana.