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ACNUR condena mortes de civis no leste da República Democrática do Congo

Comunicados à imprensa

ACNUR condena mortes de civis no leste da República Democrática do Congo

ACNUR condenou a morte de civis no último fim de semana em razão dos combates entre o exército congolês e o grupo rebelde M23 na região de Goma.
27 Agosto 2013

GENEBRA, 27 de agosto de 2013 (ACNUR) - O agência das Nações Unidas para refugiados (ACNUR) e outras agências da ONU condenaram nesta terça-feira a morte de civis no último fim de semana em razão dos combates entre o exército congolês e o grupo rebelde M23. Os ataques aconteceram na região de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDC).

Ao menos três pessoas foram mortas e outras cinco ficaram feridas na manhã do último sábado, quando uma granada foi lançada em Ndosho, no subúrbio de Goma. Desde 2012, mais de 150 mil pessoas deslocadas no Congo estão abrigadas em Goma.

Na última semana, outra granada caiu perto do campo Mugunga 3, que abriga mais de 14 mil deslocados, e várias bombas atingiram áreas residenciais de Goma, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo 15 - todos civis.

"Lembramos a todas as partes no conflito que ataques indiscriminados ou deliberados contra civis são crimes de guerra. Os civis não devem ser alvo", afirmou em Genebra o porta-voz do ACNUR Adrian Edwards.

Em outras partes do leste do Congo, o ACNUR acompanha o conflito que se estende na planície Ruzizi, na fronteira de Kivu do Sul e o vizinho Burundi. Os embates naquela região voltaram a estourar em abril de 2012. Apenas nas últimas duas semanas, 1.500 pessoas solicitaram refúgio em Burundi. Muitas delas, deixando as áreas de Sange, Mutalule e Rwanena, na Planície Ruzizi, relataram que pessoas armadas não identificadas mataram oito pessoas e feriram gravemente muitas outras.

Os solicitantes de refúgio estão temporariamente abrigados no centro de trânsito de Cishemere, na província ocidental do Burundi de Cibitoke, onde podem ser melhor assistidos. Muitos deles foram acolhidos por famílias do Burundi na comunidade de Buganda. Até agora, o ACNUR transferiu 174 pessoas para o campo de refugiados de Kavumu, na província oriental de Cankuzo. Outras 341 ainda devem chegar, segundo o porta-voz Adrian Edwards. “Cerca de 60 pessoas chegam diariamente ao Burundi, menos do que as 200 que chegavam por dia na semana anterior. Aproximadamente 60% dos refugiados são crianças”, afirmou.

Enquanto isso, Uganda continua a acolher cerca de 50 mil refugiados congoleses que fugiram dos combates em Kivu do Norte, em meados de julho. Os refugiados chegam por conta própria pela fronteira próxima ao centro de trânsito em Bubukwanga, no oeste de Uganda.

“Apesar de já termos transferido mais de 3 mil pessoas para melhores instalações no assentamento de Kyangwali, no centro-oeste de Uganda, 21.344 pessoas permanecem no centro de trânsito. Mais 20 mil refugiados que estão com parentes ou sendo acolhidos por famílias solidárias na fronteira de Uganda também precisam de ajuda”, enfatizou Adrian Edwards .