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14 mil refugiados congoleses chegam a Centro de Trânsito em Uganda em meio a tensões com habitantes locais

Comunicados à imprensa

14 mil refugiados congoleses chegam a Centro de Trânsito em Uganda em meio a tensões com habitantes locais

14 mil refugiados congoleses chegam a Centro de Trânsito em Uganda em meio a tensões com habitantes locaisMais de 14 mil refugiados congoleses mudaram-se voluntariamente para um centro de trânsito no distrito de Bundibugyo.
22 Julho 2013

BUNDIBUGYO, Uganda, 18 de Julho (ACNUR) – Mais de 14 mil refugiados congoleses mudaram-se voluntariamente para um centro de trânsito no distrito de Bundibugyo (oeste de Uganda), mas a tensão entre os moradores locais e milhares de pessoas acampadas numa escola próxima à fronteira na República Democrática do Congo (RDC) continua crescendo.

O centro de transição foi aberto no último domingo pelo governo de Uganda e seus parceiros, incluindo o ACNUR, para ajudar a lidar com o grande fluxo recente de quase 70 mil refugiados congoleses fugindo dos conflitos do outro lado da fronteira, em Kivu do Norte (RDC), que ocorreram entre as Forças Democráticas Aliadas, um grupo rebelde ugandês, e as forças armadas da RDC. O centro fica há 30 km da fronteira.

A equipe do ACNUR em Bundibugyo disse que 14,372 pessoas foram registradas no centro no início da tarde da última quinta-feira. Esse número inclui 60 menores desacompanhados, na maior parte homens; todos foram transferidos voluntariamente.

O principal parceiro local da Agência da ONU para refugiados, a Cruz Vermelha de Uganda, está encarregada de administrar o centro, que tem capacidade para 20 mil pessoas. Os recém-chegados estão sendo alocados em grandes tendas comunitárias ao invés de tendas familiares, ofertadas para aqueles que chegaram antes. Há comida suficiente para várias semanas. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) aprovou um novo sistema para melhorar o fornecimento de água, já que a demanda tem crescido.

Um grupo maior de 20 a 30 mil pessoas continua acampado em ou ao redor da escola primária Butogo, localizada próxima à fronteira. Muitas dessas pessoas querem permanecer no local para que seja mais fácil checar suas casas e plantações durante o dia, mas sua presença tem gerado tensões com a comunidade local. Acredita-se que milhares estão hospedados com famílias locais ou dormindo em abrigos improvisados, muitos em terra aberta ao longo da fronteira.

O ACNUR tem visitado diariamente a escola primária Butogo, para avaliar as necessidades, arranjar transporte para aqueles que desejam se mudar para Bundibugyo, na tentativa de aliviar as tensões existentes.

O governo, o ACNUR e outras agências têm encorajados os refugiados a se mudarem da fronteira para Bundibugyo, no qual poderão ser registrados e receber a assistência devida. Os mais vulneráveis podem ser identificados nesse processo, para que assim a proteção e assistência necessária sejam ofertadas.

Nas montanhas existe pouco acesso a água potável, abrigos, segurança e comida, além de ser mais dificil o acesso a essa população. Além disso, durante a noite faz mais frio.

Enquanto isso, do outro lado da fronteira, na província de Kivu do Norte, a Forças Democráticas Aliadas continuam causando problemas na região da cidade de Kamango, que desde a semana passada encontra-se sob o controle dos rebeldes. A situação na região continua instável.