Preocupado com os sírios presos nas fronteiras, ACNUR reintera pedido por ajuda internacional

GENEBRA, 24 de maio de 2013 (ACNUR) – A Agência das Nações Unidas para Refugiados pediu aos países vizinhos à Síria que mantenham suas fronteiras abertas para os refugiados, ressaltando que é vital um apoio internacional “urgente e consistente” aos países de acolhida e organizações humanitárias.

Em meio ao agravamento da violência dentro da Síria, o ACNUR estima que o número de refugiados - atualmente superior a 1,5 milhão - aumente consideravelmente, pressionando ainda mais países como o Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque, disse a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, a jornalistas em Genebra. 

Fleming elogiou o apoio que os governos da região tem prestado a tantas pessoas. Disse ainda que o ACNUR está preocupado com relatos de que muitos sírios tentando deixar o pais acabam presos em áreas perigosas da fronteira. “As notícias indicam que pode haver restrições impostas àqueles que desejam deixar a Síria”, disse Fleming.

A porta-voz reiterou o pedido para que todas as partes em conflito protejam os civis e permitam a passagem segura dos que desejam deixar o país. Segundo ela, o ACNUR reconhece a legitimidade das preocupações dos países vizinhos, mas “é crucial que os civis fugindo da violência tenham acesso a áreas seguras sob quaisquer condições e de acordo com o direito internacional”. 

Segundo ela, o ACNUR pediu a todos os países, e não apenas aos que fazem fronteira com a Síria, que mantenham suas fronteiras abertas para oferecer proteção aos refugiados sírios. 

Fleming também afirmou ser fundamental que a comunidade internacional “forneça urgentemente apoio efetivo aos países que acolhem os sírios refugiados, assim como às operações humanitárias que permitem que estes países continuem recebendo e atendendo as necessidades crescentes destes sírios. Estes países não podem assumir essa responsabilidade sozinhos”. 

O ACNUR e seus parceiros estão intensificando seus esforços para conseguir novos fundos para ajudar a população refugiada com assistência emergencial e subsistência.