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Mianmar realojou milhares de deslocados antes da tempestade Mahasen

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Mianmar realojou milhares de deslocados antes da tempestade Mahasen

Mianmar realojou milhares de deslocados antes da tempestade MahasenCom a ameaça da tempestade Mahasen na costa de Mianmar e Bangladesh, mais de 35 mil deslocados internos no Estado de Rakhine foram reinstalados em locais mais seguros.
16 May 2013

YANGON, Mianmar, 16 de maio (ACNUR) – Com a ameaça da tempestade Mahasen na costa de Mianmar e Bangladesh, mais de 35 mil deslocados internos no Estado de Rakhine, em Mianmar, foram reinstalados em locais mais seguros, seguindo o plano de evacuação do governo do país. Muitos outros mudaram-se espontaneamente para outras comunidades a fim de evitar o impacto da tempestade, que acabou perdendo força na última semana.

O Estado de Rakhine é lar de mais de 140 mil de pessoas deslocadas pela eclosão de um violento conflito entre comunidades no ano passado. As Nações Unidas estimam que mais de 70 mil - acampados próximo a costa, em áreas baixas ou em abrigos improvisados - nas regiões de Sittwe, Pauktaw e Myebon estejam especialmente vulneráveis aos impactos da tempestade.

A evacuação emergencial começou há uma semana, liderada pelo Estado de Rakhine. Mais de 35 mil deslocados internos foram alojados em prédios públicos, abrigos temporários ou terras mais altas. A operação foi feita sob chuva intensa e ventos fortes.

“As autoridades garantiram que todos nas áreas de riscos seriam realojados e assistidos sem discriminação”, disse Hans ten Feld, representante do ACNUR em Mianmar. “O ACNUR e outras agências monitoraram o processo para garantir a prioridade das pessoas mais vulneráveis, que as famílias não fossem separadas e que seus direitos fossem respeitados”.

A equipe do ACNUR em campo também ajudou a esclarecer as dúvidas de alguns deslocados que se recusavam a ser transferidos para os locais determinados pelo governo. Na área rural de Sittwe, deslocados internos em Hmanzi decidiram tardiamente pelo realojamento, levando os trabalhadores humanitários a buscar caminhões para transportá-los para as escolas mais próximas. As autoridades garantiram que eles poderiam retronar ao local depois da tempestade.

Um grupo de 7 mil deslocados em Nget Chaung na cidade de Pauktaw recusou-se a seguir para o alojamento do governo, optando por uma viagem de barco até outro local. Depois do trágico acidente que na última semana deixou 50 desaparecidos, as autoridades passaram a oferecer barcos e escoltas para transportar o grupo. Porém, o transporte teve de ser interrompido com a chegada da tempestade, e as mil pessoas remanescentes abrigaram-se em uma mesquita local, correndo risco de superlotação.

O ACNUR designou um coordenador sênior para ajudar na avaliação dos locais de alojamento. Ele e outros especialistas aconselharam o governo sobre a adequação das instalações para o grande número de pessoas.

“O governo e a comunidade humanitária estão fazendo todo o possível para proteger as pessoas”, disse ten Feld. “Depois da tempestade, o foco será na recuperação”.

O ACNUR mobilizou seus estoques de tendas, lençóis plásticos e outros itens emergenciais para atender às necessidades dos deslocados internos de Rakhine no período pós-tempestade.

O governo de Bangladesh evacuou 1 milhão de pessoas das cidades de risco no sul do país. Estima-se que na região hajam 230 mil pessoas sob o mandato do ACNUR (refugiados, deslocados e apátridas), incluindo 30 mil refugiados Rohingya em dois campos, e mais de 200 mil indocumentados do Estado de Rakhine. O ACNUR antecipou-se identificando possíveis locais de abrigo e separou suprimentos de emergência para o período posterior à tempestade. O governo também garantiu assistir todos os afetados sem qualquer discriminação.