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ACNUR pede mais recursos para vítimas da Síria

Comunicados à imprensa

ACNUR pede mais recursos para vítimas da Síria

ACNUR pede mais recursos para vítimas da SíriaO Alto Comissário António Guterres, fez nesta quarta-feira um apelo aos países doadores que aprovem recursos extraordinários para ajudar os refugiados sírios nos países que os acolhem.
13 Março 2013

AMÃ, Jordânia, 13 de março de 2013 (ACNUR) – O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, fez nesta quarta-feira um apelo aos países doadores que aprovem recursos extraordinários para ajudar os refugiados sírios nos países que os acolhem. Alertou ainda para as graves consequências caso o nível de financiamento não aumente.

"Esta não é uma crise qualquer. Ela exige um mecanismo específico de apoio”, disse Guterres a jornalistas em Amã, depois de reuniões com o primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Ensour, e o ministro das Relações Exteriores do país, Nasser Judeh.

Na mensagem dirigida a autoridades dos países doadores, Guterres enfatizou que “não há como lidar com esta crise com os fundos normais de ajuda humanitária”. Segundo ele, se não houver empenho por significativos aportes “as consequências poderão ser devastadoras para o povo sírio e para a estabilidade da região”.

Em encontro reservado com o Rei Abdullah II Bin Al Hussein da Jordânia, o Alto Comissário reiterou o compromisso do ACNUR em apoiar o país na assistência ao crescente número de civis sírios que cruzam a fronteira em busca de abrigo.

A Jordânia acolhe hoje mais de 450 mil refugiados sírios. A maioria vive em áreas urbanas, mas cerca de 100 mil estão no campo de Za'atri, que Guterres também visitou. Outros campos estão em planejamento e o ACNUR trabalha com as autoridades do país em estratégias de contingência caso a situação dos refugiados fique ainda mais dramática.

Há uma semana, o ACNUR anunciou que o número de refugiados sírios na região havia ultrapassado 1 milhão, mas o Alto Comissário alertou que, pelo fluxo atual, este número pode chegar a 3 milhões até o fim do ano. O governo jordaniano acredita que centenas de milhares de sírios na região fronteiriça de Dera'a podem cruzar para a Jordânia se o conflito mantiver a intensidade atual.

Guterres disse que, embora a crescente população refugiada esteja pressionando o país social e economicamente, a Jordânia tem sido um “pilar de estabilidade”. O país tem um histórico notável de ajuda a refugiados além da atual crise, como no caso de palestinos e iraquianos.

Disse ainda ser essencial que o governo jordaniano e seu povo também recebam apoio. "Seu sacrifício e generosidade são algo que a comunidade internacional deve reconhecer e apoiar, e não encarar como uma atitude corriqueira".

O Alto Comissário apoiou ainda o pedido do governo jordaniano por mais ajuda humanitária aos deslocados na Síria. “É crucial que os trabalhadores humanitários consigam acessar as pessoas em dificuldades, seja quem for, onde estiver e qual for o lado que apoie", ressaltou.

Estima-se que mais de 2 milhões de sírios tenham sido deslocados forçadamente dentro de seu país desde que a crise estourou, há dois anos. Cerca de 4 milhões de pessoas estão sendo afetadas pelo conflito. O ACNUR trabalha por meio da Cruz Vermelha Síria para alcançar e atender a população vulnerável.

Por Melissa Fleming em Amã, Jordânia.