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Mais de 5 milhões podem ter sido deslocados por terremoto na Síria, diz ACNUR

Comunicados à imprensa

Mais de 5 milhões podem ter sido deslocados por terremoto na Síria, diz ACNUR

10 Fevereiro 2023
Itens de ajuda são distribuídos para famílias abrigadas em uma mesquita no bairro de Suleiman Al-Halabi em Aleppo, na Síria, em 8 de fevereiro. ©ACNUR/Hameed Maarouf

Até 5,3 milhões de pessoas podem ter ficado desabrigadas na Síria por causa terremoto que atingiu o país e a Turquia no início desta semana, e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) está apressando a ajuda para as partes mais afetadas do país. O ACNUR está focado em distribuir itens de abrigo e socorro, garantindo que os centros coletivos para pessoas deslocadas tenham instalações adequadas, bem como tendas, lonas plásticas, cobertores térmicos, colchonetes, roupas de inverno, entre outros.

Nós os distribuímos desde o primeiro dia – ontem à noite, distribuímos 9.440 kits – com foco, é claro, em todos os afetados pelo terremoto, mas também na tentativa de entender quem são os mais vulneráveis: idosos, pessoas com deficiência, crianças. E há algumas crianças separadas de seus pais.

Também estamos liderando o setor de proteção aqui. Em toda a Síria, temos uma rede de centros comunitários, centros satélites, voluntários de sensibilização, e isso nos ajuda a alcançar populações vulneráveis. Criamos linhas diretas para todos os tipos de problemas relacionados à proteção, que usamos.

Para a Síria, esta é uma crise dentro de uma crise. Tivemos choques econômicos, Covid-19 e agora estamos no auge do inverno, com fortes nevascas nas áreas afetadas. Vários de nossos próprios funcionários estão dormindo do lado de fora de suas casas porque estão preocupados com os danos estruturais. Este é apenas um microcosmo do que está acontecendo nas áreas afetadas.

Tudo isso, claro, impacta o acesso à ajuda. As estradas foram danificadas e isso nos impede de chegar às pessoas. Tem sido muito, muito difícil. Há 6,8 milhões de pessoas já deslocadas internamente no país. E isso antes do terremoto.

Por enquanto, estamos considerando ações emergenciais, como a adaptação de centros coletivos, tendas, itens não alimentares, entre outros. Em seguida, analisaremos – nas próximas 8 a 12 semanas – o apoio aos meios de vida e serviços básicos nas áreas afetadas, apoio ao fornecimento de abrigos e instalação de kits de abrigo emergenciais, e pequenos reparos em habitações danificadas. Analisaremos a remoção de detritos, tentando ajudar autoridades e parceiros com equipamentos e recursos humanos, mobilizando engenheiros, e buscando maneiras de apoiar a comunidade na avaliação de danos estruturais e na retomada de suas oportunidades de subsistência.

No Noroeste da Síria – que foi especialmente atingida – o acesso tem sido seriamente impedido pelos danos. Aquilo que chamamos de abastecimento "de linha cruzada" (de áreas governamentais para o noroeste da Síria) conseguiu passar antes do terremoto – e estes tinham sido pré-posicionados e estão sendo distribuídos a partir de armazéns. A partir de agora, esperamos que um acordo com o Governo permita o acesso rápido e regular a estas áreas.

Acabamos de ter uma estimativa preliminar de que 5,37 milhões de pessoas afetadas pelo terremoto precisarão de abrigamento em toda a Síria. Trata-se de um número enorme e impacta uma população que já sofre deslocamentos em massa.

Na próxima semana, irei para Aleppo, Hama e Latakia, onde temos reservas pré-posicionadas de 30.000 itens básicos de socorro e 20.000 tendas. Para ecoar as palavras do Secretário-Geral da ONU, falando ontem à noite: "Trata-se, aqui, de pessoas. Isto é tudo o que importa".

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