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Insegurança leva ACNUR a realocar refugiados no Sudão do Sul

Comunicados à imprensa

Insegurança leva ACNUR a realocar refugiados no Sudão do Sul

Insegurança leva ACNUR a realocar refugiados no Sudão do SulPreocupado com a segurança de quase 63 mil refugiados sudaneses no acampamento de Yida, no Sudão do Sul, o ACNUR quer realocar esses civis.
5 Novembro 2012

JUBA, Sudão do Sul, 05 de novembro de 2012 (ACNUR) – Preocupado com a segurança de quase 63 mil refugiados sudaneses no acampamento de Yida, no Sudão do Sul, o ACNUR quer realocar essa população vulnerável e já começou a avaliar locais alternativos para isso.

Na semana passada, equipes do ACNUR e da Missão da ONU no Sudão do Sul realizaram uma avaliação conjunta para explorar a adequação e a acessibilidade de locais potenciais oferecidos pelo governo do Sudão do Sul para a realocação dos refugiados.

“Estamos diariamente em contato com o governo para tratar da realocação”, disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards. “Nesta semana, especialistas técnicos do ACNUR estarão na região para projetar novos espaços – tanto para realocar os refugiados que estão agora em Yida como para antecipar possíveis novos fluxos de refugiados sudaneses da região conhecida como Kordofan do Sul – assim que a estação chuvosa terminar”, acrescentou Edwards.

Sua grande proximidade com a fronteira do Sudão tem feito de Yida, no Sudão do Sul, um ambiente de proteção de alto risco para os refugiados, com a presença constante de pessoal armado dentro e por volta do acampamento. “Agora mesmo, a segurança de refugiados e civis do acampamento não pode ser garantida. Relatamos incidentes envolvendo elementos armados para as autoridades do Sudão do Sul”, disse Edwards.

A segurança dos refugiados sempre é uma preocupação do ACNUR, mas o que faz da situação de Yida particularmente preocupante é o fato de quase 70% de seus refugiados estarem abaixo de 18 anos.

Edwards disse que o ACNUR e seus parceiros têm estabelecido sete comitês de proteção a crianças com a comunidade dos refugiados. “Quando as crianças chegam sozinhas, asseguramos que elas se juntem rapidamente a parentes já instalados em Yida ou que sejam acolhidas sob tutela para ficar menos vulneráveis.”

A atual situação das doações ao ACNUR dificulta o trabalho da agência para atender até as mais urgentes necessidades de cerca de 175 mil refugiados nos estados sudaneses de Unidade e Alto Nilo. A operação no Sudão do Sul está drasticamente subfinanciada.

O apelo revisado pelo ACNUR para este ano cobre US$ 186 milhões, dos quais apenas 40% foram recebidos até agora. No mínimo, mais US$ 20 milhões devem ser recebidos antes de janeiro. As ONGs internacionais também precisam de financiamento adicional além desse valor para garantir que todas as atividades possam ser levadas a cabo em função das necessidades.