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ACNUR começa repatriação de refugiados da República do Congo

Comunicados à imprensa

ACNUR começa repatriação de refugiados da República do Congo

ACNUR começa repatriação de refugiados da República do CongoACNUR lançou um programa de repatriação voluntária para dezenas de milhares de refugiados que vivem na República do Congo para a vizinha República Democrática do Congo.
11 May 2012

GENEBRA, 10 de maio de 2012 (ACNUR) – A agência da ONU para refugiados lançou um programa de repatriação voluntária para dezenas de milhares de refugiados que vivem na República do Congo (também conhecida como Congo Brazaville) para a vizinha República Democrática do Congo (RDC).

A operação começou no último sábado, com um pequeno comboio de embarcações levou 79 refugiados pelo rio Oubangui, desde a cidade de Betou na República do Congo para Dongo, na província de Equateur, ao norte da RDC. O ACNUR e funcionários de alto escalão dos dois países são esperados para uma posterior cerimônia formal.

Na terça um segundo comboio levou 323 refugiados da localidade de Eboko, através do rio Dongo. Outros 246 refugiados serão repatriados hoje da aldeia de Ikpengbele, perto de Betou, à cidade de Libenge, na República Democrática do Congo. Outro comboio de Ikpegbele a Libenge é previsto para a próxima terça. O ACNUR planeja assistir 49 mil refugiados retornados este ano da República do Congo, além de outros 32 mil durante o próximo ano. A agência da ONU para refugiados também planeja repatriar refugiados congoleses que vivem na República Central Africana, mas este programa ainda está em desenvolvimento.

A repatriação desde a República do Congo é um grande desafio logístico para o ACNUR e seus parceiros, pois os refugiados estão dispersos em áreas remotas e em meio a uma grande região.

Os refugiados que retornaram no comboio do último final de semana estavam entre os estimados 143 mil civis da RDC que foram forçados a buscar proteção em países vizinhos (123 mil para a República do Congo e 20 mil para a República Central Africana) devido a conflitos interétnicos envolvendo disputas por recurso naturais (pesca e agricultura) em Equateur, no final de 2009. Aqueles que cruzaram para a República do Congo buscaram abrigo em remotos assentamentos às margens do rio Oubangui.

Outros 10 mil buscaram segurança em regiões da própria província de Equateur, sendo que a maioria retornou às suas vilas com a melhora da situação.

O ACNUR tem ajudado os retornados com itens de abrigo e construindo mais de 200 casas para os mais vulneráveis. Isso tem promovido também a reconciliação entre as comunidades Enyele e Munzaya, que assinaram um pacto de não agressão no final do ano passado.

Como parte do programa de reconciliação, uma estação de rádio do ACNUR entrou no ar na comunidade em outubro passado. Ela pode ser ouvida do outro lado do rio.