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ACNUR nomeia coordenador regional para cuidar de refugiados sírios

Comunicados à imprensa

ACNUR nomeia coordenador regional para cuidar de refugiados sírios

ACNUR nomeia coordenador regional para cuidar de refugiados síriosACNUR anunciou a nomeação de um dos seus mais veteranos funcionários em operações de emergência para coordenar os esforços da agência referentes à crise de refugiados sírios.
13 Março 2012

GENEBRA, 13 de março de 2012 (ACNUR) – O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) anunciou hoje a nomeação de um dos seus mais veteranos funcionários em operações de emergência para coordenar os esforços da agência referentes à  crise de refugiados na Síria e nos países vizinhos, que já receberam mais de 30 mil civis sírios.

O Coordenador Regional para Refugiados Sírios do ACNUR, Panos Moumtzis, ficará baseado em Genebra e trabalhará diretamente com os bureaus do ACNUR para o Oriente Médio e o Norte da Àfrica – e também com os representantes da agência para os países dessas regiões. Fluente em árabe, Moumtzis irá assegurar uma cooperação harmoniosa entre diferentes mecanismos inter-agenciais de coordenação e viajará constantemente para a região em conflito.

Moumtzis também trabalhará junto ao Coordenador Humanitário Regional da ONU para a Síria, Radhouane Nouicer, para assegurar vínculos efetivos e coerentes entre as operações de proteção de refugiados nos países vizinhos e um abrangente plano de resposta humanitária.

Ao anunciar sua nomeação durante entrevista coletiva em Genebra, Moumtzis disse hoje que aproximadamente 30 mil pessoas já fugiram da Síria para países vizinhos desde que os disturbios começaram no país, há cerca de um ano. “Acreditamos que um número significativo de sírios estão deslocados dentro da Síria,” acrescentou.

De nacionalidade grega, Panos Moumtzis se juntou ao ACNUR em 1990 após trabalhar para Agência das Nações Unidas de Assistência e a Agência para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Ele já atuou nas crises do Iraque, Quênia, Ruanda e Costa do Marfim. No ano passado, atuou como Coordenador Humanitário da ONU para a Líbia.

Equipes do ACNUR na Jordânia, Líbano e Turquia trabalham para dar apoio aos governos e a ONGs no fornecimento de abrigo, socorro e proteção para os refugiados. Os três países têm mantido suas fronteiras abertas para os que fogem da violência na Síria. Dentro da Síria, o governo continua a hospedar e dar apoio à cerca de 110 mil refugiados registrados pelo ACNUR, a maioria proveniente do Iraque.

Moumtzis disse que o ACNUR e o governo libânes já registraram pouco mais de 7.000 sírios no norte no Líbano. O processo de registro continua em Trípoli, onde milhares de pessoas buscam refúgio. A maioria das pessoas foge da provincía de Homs, na Síria. Há também uma estimativa que 4.000 pessoas estão abrigadas no vale de Bekaa, em território libanês.

O ACNUR está trabalhando para verificar a veracidade desses números e realizar a distribuição de comida e outros itens. Em outras partes do Líbano outro mil refugiados sírios recebem a assistência do ACNUR e seus parceiros.

No norte do Líbano, o ACNUR e seus parceiros distribuem regularmente comida e outros itens para os refugiados registrados e famílias que os hospedam. Cuidados primários de saúde estão disponíveis em clínicas públicas e particulares, sendo que o ACNUR cobre a maior parte desses custos. Casos mais graves, incluindo 268 feridos de guerra, são encaminhados para hospitais, com custos do tratamento cobertos pelo governo libanês.

Moumtzis afirmou que crianças refugiadas no norte do país têm conseguido se matricular em escolas locais, com custos de materiais escolares e aulas de reforço pagos pelo ACNUR e seus parceiros. De acordo com o coordenador, o ACNUR também ajuda os deslocados do vale de Bekaa, com equipes trabalhando em conjunto com autoridades locais e avaliando as necessidades das populações atendidas.

 

Na Jordânia, mais de 5.000 sírios foram registrados pelo ACNUR, e 2.000 pessoas ainda esperam pelo registro. A maioria dessas vive com famílias que as acolhem. O ACNUR fornece assistência aos refugiados urbanos (incluindo doações em dinheiro e itens de ajuda) e apoia o governo jordaniano na renovação e administração de um centro de trânsito na fronteira de Ramtha. Por lá já passaram mais de mil sírios, e outras  380 pessoas encontram-se abrigadas neste momento, em condições de superlotação.

O novo coordenador regional afirmou que grupos locais de ajuda humanitária na Jordânia e no Líbano desempenharam um papel importante em responder às necessidades dos refugiados e em conduzir sírios em situações de vunerabilidade para o registro junto ao ACNUR. Como o acesso ao serviços de saúde é a preocupação principal dos sírios que fogem da violência em seu país, o ACNUR e as equipes da ONU junto aos governos desses países trabalham para fornecer esses serviços.

Na Turquia, onde os campos estão sobre o controle do governo, aproximadamente 23 mil pessoas receberam proteção em sete campos na província de Hatay. Algumas dessas já voltaram para a Síria, e os campos abrigam atualmente cerca de 13 mil pessoas. O governo planeja transferir os refugiados para a província de Kilis, onde uma cidade foi preparada para recebê-los. O governo turco está fornecendo a maior parte de ajuda aos refugiados.

Moumtzis disse ainda que os refugiados iraquianos que estão na Síria relataram um aumento significativo no preços dos produtos básicos, devido à inflação e desvalorização da moeda síria. O ACNUR continua apoiando mais de 11 mil famílias refugiadas em necessidade por meio de programas de assistência financeira.

A partir deste mês, o ACNUR atenderá as necessidades alimentares de aproximadamente 97 mil refugiados com pagamentos em dinheiro por meio de caixas de bancos 24 horas. Junto com o Crescente Vermelho Sírio-Árabe e outras organizações nacionais e internacionais parceiras, uma série de serviços básicos são fornecidos para a população refugiada para ajudá-los a lidar com a díficil situação sócio-econômica na qual se encontram.

O ACNUR tem observado que refugiados e sírios saíram de áreas  de instabilidade e escolheram vilas nos arredores das principais cidades, como a área rural de Damasco ou no interior da província de Damasco – locais considerados mais seguros.