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ACNUR preocupado com violência contra deslocados internos no Congo

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ACNUR preocupado com violência contra deslocados internos no Congo

ACNUR preocupado com violência contra deslocados internos no CongoACNUR está alarmado com os recentes relatos de que pessoas deslocadas internas foram torturadas e assassinadas por indivíduos armados nos campos de deslocados de Kivu Norte.
3 Fevereiro 2012

KINSHASA, República Democrática do Congo, 3 de fevereiro (ACNUR) – O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) disse nesta sexta-feira estar alarmado com os recentes relatos de que pessoas deslocadas internas foram torturadas e assassinadas por indivíduos armados nos campos de deslocados da província de Kivu Norte.

Céline Schimitt, porta-voz do ACNUR em Kinshasa, disse que grupos armados têm entrado nos campos de deslocados internos em Kivu Norte desde o último trimestre de 2011, “violando o caráter civil dos mesmos”. Os campos mais afetados foram Nyanzale, Mweso e Birambizo em Masisi, cerca de 90 quilômetros a noroeste da capital da província, Goma.

Congoleses deslocados são constantemente ameaçados por vários grupos e milícias que os acusam de colaborar com um outro grupo armado. No dia 13 de dezembro do ano passado, sete deslocados internos foram espancados até a morte por se recusarem a participar de trabalhos forçados impostos pelas Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR). O ACNUR também recebeu informações de deslocados internos sendo torturados.

A contínua violência também está afetando o acesso humanitário aos campos e impedindo que trabalhadores humanitários protejam e assistam as pessoas deslocadas. Somente oito dos 31 campos de deslocados internos são acessíveis aos trabalhadores humanitários sem a necessidade de escolta militar.

“O ACNUR pede que todas as partes respeitem o caráter civil dos campos de deslocados em Kivu Norte. Estamos apelando às autoridades provinciais para que aumentem a segurança dentro e nos arredores dos campos”, disse o chefe da Unidade de Informação Pública do ACNUR, Adrian Edwards, a jornalistas em Genebra. Atualmente, há somente 40 policiais garantindo a segurança de seis campos na província.

O ACNUR também está em contato com os Cascos Azuis da ONU no leste do Congo para aumentar a presença de forças de segurança nas áreas mais necessitadas e para garantir a proteção dos civis vivendo nos campos.

Aproximadamente 80 mil civis congoleses vivem atualmente nos 31 campos de deslocados internos em Kivu Norte. Muitos deles não têm esperança de voltar para suas casas em um futuro próximo devido à insegurança e os novos confrontos entre grupos armados e militares em suas vilas. Os retornos não puderam ser organizados durante todo o ano passado.

Em Kivu Norte vivem mais de 600 mil deslocados internos, cerca de um terço do total de deslocados no país, estimados em 1.7 milhões.