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Crianças desacompanhadas na Tunísia são reassentadas na Noruega com ajuda do ACNUR

Comunicados à imprensa

Crianças desacompanhadas na Tunísia são reassentadas na Noruega com ajuda do ACNUR

Crianças desacompanhadas na Tunísia são reassentadas na Noruega com ajuda do ACNURACNUR ajudou a reassentar um grupo de 33 crianças desacompanhadas que passou vários meses em um campo de re fugiados na Tunísia após fugir da Líbia durante o conflito.
17 Janeiro 2012

CAMPO DE CHOUCHA, Tunísia 17 de Janeiro (ACNUR) – O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) ajudou a reassentar um grupo de 33 crianças desacompanhadas que passou vários meses em um campo construído na Tunísia para abrigar pessoas fugindo do conflito na Líbia, no ano passado.

As crianças, que partiram para a Noruega no domingo, estavam entre as 90 que chegaram desacompanhadas da Líbia em 2011. Algumas já estavam sem seus pais quando chegaram à Líbia; outras se perderam dos pais ou foram separadas deles posteriormente. A maioria é da Somália, Sudão, Etiópia ou Eritreia.

Eles estavam vivendo no Campo de Choucha na Tunísia, o qual acolhe 3.4 mil refugiados. As crianças desacompanhadas contaram com a ajuda de amigos, parentes, trabalhadores humanitários locais e internacionais. No total, 39 dessas 90 crianças já foram reassentadas – a maioria na Noruega, Suécia e Dinamarca.

“Como eles construíram fortes laços uns com os outros, a partida foi difícil para muitos deles – e especialmente para aqueles que continuam esperando para serem reassentados”, disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, a jornalistas em Genebra. “A vida no campo de Choucha continua difícil, com vento e frio intenso. O ACNUR e seus parceiros esperam que em breve sejam encontradas soluções para as crianças desacompanhadas que continuam no local – assim como para os outros refugiados que estão no campo”.

O ACNUR provê assistência em Choucha, trabalha com as crianças e suas comunidades em busca de soluções adequadas para cada uma delas, advoga pelo reassentamento e submete casos para países de reassentamento. A Organização Internacional para Migrações (OIM) oferece orientação voltada às necessidades das crianças e organiza o transporte para suas novas casa – como o voo deste fim de semana para a Noruega. 

Edwards ressaltou que o ACNUR considera o reassentamento como a única opção viável para a maioria dos refugiados reconhecidos que fugiram da Líbia para o Egito e a Tunísia em 2011. Os dois países permitiram que milhares de migrantes permanecessem temporariamente em seus territórios antes que fossem repatriados em uma missão conjunta realizada entre ACNUR e OIM. Essas agências solicitaram aos Estados, especialmente aos países europeus, que oferecessem mais vagas de reassentamento para os refugiados que ainda estavam nas fronteiras do Egito e da Tunísia.

O ACNUR concluiu a determinação do estatuto de refugiado para todos os 2.500 solicitantes no campo de Choucha e 2.200 foram reconhecidos como refugiados. Juntamente com outras 800 pessoas reconhecidas como refugiadas na Líbia antes dos conflitos em 2011, mais de 3.000 refugiados no campo foram cadastrados para serem reassentados.

Enquanto isso, em Saloum, fronteira do Egito com a Líbia, das 1.800 pessoas que se encontravam no local, cerca de 1.400 pessoas foram cadastradas para o reassentamento.

Propostas de reassentamento dos campos de Choucha e Saloum foram aceitas por Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia e Estados Unidos. Recentemente, Alemanha, Nova Zelândia e Espanha anunciaram que enviarão missões de seleção aos dois campos para receber refugiados reassentados.

O ACNUR está solicitando aos países de reassentamento que agilizem as decisões sobre as propostas encaminhadas. Até o momento, somente um em cada cinco refugiados submetidos ao processo foi aceito, e somente um em cada seis – totalizando 731 refugiados – já deixaram os campos. Os centros de trânsito de emergência do ACNUR na România e na Eslováquia estão oferecendo um espaço extra para que os refugiados, tanto na Tunísia quanto no Egito, possam ser entrevistados para futuros reassentamentos especialmente nos Estados Unidos e na Holanda.

Por Adrian Edwards