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Semana do trabalhador Humanitário da ONU exibe documentário sobre o brasileiro Sérgio Vieira de Mello

Comunicados à imprensa

Semana do trabalhador Humanitário da ONU exibe documentário sobre o brasileiro Sérgio Vieira de Mello

O Sistema das Nações Unidas no Brasil promove a exibição do documentário “Sérgio” em Brasília e no Rio de Janeiro.
12 Agosto 2011

Em celebração à Semana do Trabalhador Humanitário - 15 a 21 de agosto - o Sistema das Nações Unidas no Brasil promove a exibição do documentário "Sérgio" em Brasília e no Rio de Janeiro. O filme retrata a vida do brasileiro Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que morreu após a explosão de uma bomba na sede das Nações Unidas (ONU), no Iraque, no dia 19 de agosto de 2003.

O longa-metragem, dirigido por Greg Barker e produzido pela HBO Filmes e Documentários, é uma adaptação da biografia O Homem Que Queria Salvar o Mundo: Uma Biografia de Sérgio Vieira de Mello, que deu a Samantha Power o prêmio Pulitzer. O livro examina a vida e a filosofia que fundamentava o trabalho humanitário do funcionário brasileiro que alcançou o mais alto posto nas Nações Unidas.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Sundance, em 2009, o filme também rememora os esforços heróicos da equipe de resgate para salvar a vida do diplomata, um dos 22 mortos no ataque à sede da ONU. No Brasil, o filme é inédito nos cinemas, tendo sido exibido apenas no canal a cabo HBO.

Em Brasília, o Sistema ONU no Brasil, em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília, exibe o filme, de 94 minutos de duração, entre os dias 16 e 21 de agosto, com entrada franca. As sessões no Cinema do CCBB acontecerão nos seguintes horários: 16/08 (terça-feira) às 15h30; 17/08 (quarta-feira) às 14h30; 18/08 (quinta-feira) às 13h; 19/08 (sexta-feira) às 15h30; 20/08 (sábado) às 15h30 e 21/08 (domingo) às 14h30. Os interessados devem chegar ao local uma hora antes do início da sessão para retirada do ingresso.

No Rio de Janeiro, o filme será exibido no dia 19/08 (sexta-feira), Dia Mundial do Trabalhador Humanitário, às 10h30 no Teatro da Maison de France, precedido de uma cerimônia à qual estarão presentes o Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, o Cônsul-Geral da França no Rio de Janeiro, Jean-Claude Moyret, o Diretor-Executivo do Médicos Sem Fronteiras no Brasil, Tyler Fainstat, o Coronel Pedro Aurélio Pessoa, Comandante do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil "Sérgio Vieira de Mello", o Secretário Breno Hermann, Chefe da Divisão das Nações Unidas do Itamaraty e o Representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Andrés Ramirez.

Antes, no dia 15/08, o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) apresenta o documentário no recém-inaugurado Espaço Cultural Sérgio Vieira de Mello, situado na Vila Militar do Rio.

Sinopse do filme

No verão de 2003, o funcionário de carreira da ONU, Sérgio Vieira de Mello, 55 anos, foi enviado ao Iraque pelo então Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, para liderar a missão no Iraque pouco depois da invasão.

Sérgio não queria o trabalho no Iraque e havia se oposto à guerra, mas chegou a Bagdá com seu estilo incomum e acompanhado por sua equipe - os melhores e mais brilhantes especialistas da ONU - e sua colega e namorada, Carolina, que ele havia conhecido em Timor Leste.

O funcionário da ONU se esforçou para tentar acabar com a ocupação o mais rápido possível. Em vez disso, viu-se acusado pela crescente insurgência como sendo uma ferramenta dos norte-americanos e, em 19 de agosto de 2003, ele próprio tornou-se um alvo. Um caminhão-bomba explodiu diretamente sob seu escritório, atingindo funcionários da ONU, inclusive membros de sua equipe. Porém Sérgio estava vivo.

Como Carolina o procurava desesperadamente sob os escombros do prédio, dois bombeiros do Exército abnegadamente tentaram salvar Sérgio. No fundo de um poço profundo e estreito os dois soldados o encontraram. Depois de ter ajudado a salvar milhares de vidas ao longo de sua longa e extraordinária carreira, a sua própria estava agora inteiramente nas mãos desses dois homens.

Biografia de Sérgio

Sérgio Vieira de Mello nasceu no Rio de Janeiro no dia 15 de março de 1948. Filho de diplomata, em 1968 mudou para a França para fazer Mestrado em Filosofia na Universidade de Paris. Ele viria mais tarde a receber dois graus de doutorado, um em Filosofia e outro em Ciências Humanas. Em 1969, Sérgio começou a trabalhar no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Foi Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque e Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos. Antes, foi Administrador da ONU no Timor Leste e Kosovo. Nos 34 anos em que trabalhou na ONU, Vieira de Mello atuou em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique, Peru, Líbano, Camboja, Bósnia, Croácia, Timor Leste e ocupou cargos na sede da ONU em Genebra e Nova York.

Sobre o Dia Mundial do Trabalhador Humanitário

A data foi instituída em dezembro de 2008 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, para "contribuir com o aumento da consciência pública sobre o trabalho humanitário e a importância da cooperação internacional, e para homenagear todos os trabalhadores humanitários do mundo". A data coincide com o dia do atentado no Hotel Canal em Bagdá, no Iraque, que tirou a vida do Representante Especial do Secretário-Geral para o país e Alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello e de outros 21 funcionários das Nações Unidas, em 2003.

O Dia Mundial da Ação Humanitária foi designado em memória daqueles que morreram nesse atentado a bomba, mas também em memória aos muitos trabalhadores humanitários que perderam suas vidas. Ele é também comemorado para enfatizar as necessidades atuais e desafios humanitários em todo o mundo, tais como ameaças aos trabalhadores de ajuda humanitária pelas diferentes partes envolvidas nos conflitos, os desafios para chegar até as pessoas que precisam de ajuda, ou a complexidade crescente do ambiente humanitário devido aos aumentos dos preços dos alimentos, à turbulência financeira global, à escassez de água e as mudanças climáticas.