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Número de deslocados na região costeira da Colômbia chega a 1.800

Comunicados à imprensa

Número de deslocados na região costeira da Colômbia chega a 1.800

Número de deslocados na região costeira da Colômbia chega a 1.800O ACNUR está preocupado com o aumento, nas últimas semanas, do número de pessoas forçadas a se deslocar de suas áreas residenciais no oeste da Colômbia.
27 Abril 2011

BOGOTÁ, Colômbia, 27 de abril (ACNUR) – A agência da ONU para refugiados está preocupada com o aumento, nas últimas semanas, do número de pessoas forçadas a se deslocar de suas áreas residenciais no oeste da Colômbia, devido à violência entre grupos armados.

Nos últimos dois meses, mais de 1.800 pessoas que moram nos departamentos (ou estados) de Valle del Cauca, Cauca, Choco e Narino, na região do Pacífico, tiveram que procurar proteção em áreas mais seguras. A principal causa desse movimento foi o medo gerado pela disputa entre os grupos armados ilegais pelo controle das atividades de mineração e do plantio de coca.

Segundo autoridades locais, em abril mais de 200 pessoas deixaram a comunidade de llano, nos arredores do município de Buenaventura, devido aos confrontos entre grupos armados. Atos de violência em Narino, na fronteira com o Equador, fizeram mais de 400 civis – incluindo afro-colombianos e alguns indígenas – deixarem suas casas.

Em meados de abril, cerca de 200 pessoas deixaram a comunidade Llano, próximo à cidade de Buenaventura, devido aos confrontos – segundo autoridades locais. A violência em Nariño, na fronteira com o Equador, forçou mais de 400 civis (entre entre eles afro-colombianos e grupos indígenas) a deixar suas casas.

Relatos da defensoria local dão conta que um número ainda não estimado de pessoas abandonarou as áreas de Calle Larga e Santa Barbara, em Nariño, em direção à Buenaventura, 200 quilômetros ao norte dos povoados.

Equipes do ACNUR confirmaram os deslocamentos forçados após visita a seis vilarejos no Valle del Cauca, onde Buenaventura está localizada. Foram encontradas casas trancadas, e pertences foram abandonados pelos moradores. Além disso, as escolas locais  não estavam funcionando normalmente, e as atividades agrícolas foram afetadas pela presença dos grupos armados.

Os deslocamentos tiveram início em março, quando a situação de segurança se deteriorou. Diversos assassinatos foram relatados no vilarejo de Agua Clara, no Valle de Cauca, e ao longo do rio Anchicaya. Mais de 800 afro-colombianos deixaram suas casas na região do rio e buscaram abrigo em Buenaventura.

Para coordenar a assistência, grupos do ACNUR visitam as áreas afetadas e trabalham no monitoramento da situação. Paralelamente, o governo colombiano tem provido assistência e proteção aos deslocados.