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ACNUR teme que civis estejam sendo impedidos de deixar a Líbia

Comunicados à imprensa

ACNUR teme que civis estejam sendo impedidos de deixar a Líbia

ACNUR teme que civis estejam sendo impedidos de deixar a LíbiaO número de civis que estão fugindo da Líbia em direção à Tunísia caiu desde a última quarta-feira, e o ACNUR considera que estas pessoas estão sendo impedidas de deixar o país.
4 Março 2011

Genebra, 04 de março de 2011 - O número de civis que estão fugindo da violência na Líbia em direção à Tunísia caiu significativamente desde a última quarta-feira, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) considera que estas pessoas estão sendo impedidas de deixar o país. “Estamos preocupados que medidas de segurança na Líbia possam estar impedindo estas pessoas de deixar o país”, afirmou hoje em Genebra a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming.

Na semana passada, entre 10 e 15 mil pessoas estavam cruzando diariamente a fronteira da Líbia com a Tunísia. Desde ontem, o número caiu para menos de duas mil pessoas por dia. “A fronteira do lado líbio está sendo controlada por forças pró-governo fortemente armadas. Aqueles que conseguiram cruzar a fronteira nos disseram que telefones celulares e câmeras foram confiscados, e muito estão apavorados e não querem falar”, ressaltou Fleming. “Se o controle militar da fronteira e das rodovias reduzirem, acreditamos que um fluxo massivo de pessoas voltará a acontecer”, completou a porta-voz do ACNUR.

Segundo a agência da ONU para refugiados, está progredindo a operação de retirada humanitária das pessoas que cruzaram a fronteira com a Tunísia, principalmente os de nacionalidade egípcia. A operação é realizada de forma conjunta pelo ACNUR e a Organização Internacional de Migrações (OIM).

Países como Egito, Tunísia, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido ofereceram transporte aéreo e marítimo para a retirada dessas pessoas. O governo egípcio já repatriou dezenas de milhares dos seus nacionais.

ntretanto, cerca de 12,5 mil pessoas ainda aguardam repatriação, sendo mais de 10 bengaleses. Hoje, dois vôos estão previstos para Bangladesh.

Fleming informou que Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Comissão Européia, Dinamarca, Espanha, França, Luxemburgo e Polônia já ofereceram fundos ao ACNUR para apoiar a resposta da agência à crise líbia. Doações privadas também estão ocorrendo.

Em Benghazi, no leste da Líbia, uma equipe do ACNUR que participa de uma missão inter-agencial de avaliação encontrou um acampamento no porto da cidade com cerca de oito mil estrangeiros esperando para serem retirados do país. A maioria espera ser retirada nos próximos dias.

“De acordo com nossas equipes, a organização Vermelho Crescente da Líbia está muito ativa na prestação de assistência humanitária, inclusive ajudando nacionais de outros países e refugiados a chegar à fronteira”, afirmou Melissa Fleming. Segundo ela, o principal problema em Benghazi é a falta de médicos, uma vez que a grande maioria de estrangeiros profissionais de saúde já foi retirada da região. Há também uma preocupação com a falta de combustível e de comida, o que poderá acontecer nos próximos dias.