Comida de família de refugiados da Síria faz sucesso em bazar de São Paulo
Comida de família de refugiados da Síria faz sucesso em bazar de São Paulo
SÃO PAULO, Brasil, 16 de abril de 2015 (ACNUR) – Mais de 450 pessoas prestigiaram, no último final de semana, o 1º Bazar Beneficente do ADUS (Instituto de Reintegração do Refugiado). Em dois dias, o público teve a oportunidade de levar para casa roupas, calçados, acessórios, luminárias, livros, CDs, entre outros objetos, além de provar pratos típicos preparados pela família do refugiado sírio Talal Al-Tinawi.
Ele e a esposa Ghazal Baranbo passaram a madrugada cozinhando kibe cru, frito e assado, além de homus, berinjela, tabule, bolos e sucos. Talal e o filho Riad, de 13 anos, atendiam, serviam e cuidavam do caixa, enquanto Yara, 10, tentava organizar a fila da comida. Enquanto isso, Ghazal não parava de enrolar vários kibes para atender uma fila que não parava de aumentar.
“Pensei que não venderia muito no bazar, mas foi um sucesso”, comentou o engenheiro Talal, que está há um ano e meio no Brasil. “Foi muito legal, foram muitas pessoas que gostaram de todas as comidas e dos sucos”, completou. “Fiquei muito cansada”, reconheceu Ghazal.
Mas os esforços compensaram, e Talal conseguiu faturar um bom dinheiro para ajudar no seu processo de integração. “Gostaram até do pão árabe. Vendi tudo nos dois dias de Bazar: homus, abobrinha, pasta de berinjela... E agora vou começar a vender no meu apartamento!”, empolga-se o refugiado, que espera ter cativado uma clientela durante o bazar.
Segundo Marcelo Haydu, diretor do ADUS, o bazar foi realizado para arrecadar recursos que irão financiar os custos fixos da nova sede do instituto, localizada no centro de São Paulo.
As várias doações de empresas e pessoas físicas, além da dedicação dos voluntários, superaram a estimativa inicial. O 1º Bazar Beneficente do ADUS arrecadou cerca de R$ 11 mil, em dois dias de evento. “Graças ao empenho de voluntários e simpatizantes da causa teremos um respiro para pagar as contas do instituto por mais alguns meses”, comenta Haydu.
Por Erika Omori (Instituto ADUS), de São Paulo.