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Ministério da Justiça e ACNUR firmam acordo para fortalecer Cátedra Sérgio Vieira de Mello no Brasil

Comunicados à imprensa

Ministério da Justiça e ACNUR firmam acordo para fortalecer Cátedra Sérgio Vieira de Mello no Brasil

O Ministério da Justiça e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados vão trabalhar juntos para fomentar as ações da Cátedra Sérgio Vieira de Mello no Brasil.
19 Outubro 2015

Brasília, 19 de outubro de 2015 (ACNUR) – O Ministério da Justiça (MJ) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) vão trabalhar juntos para fomentar as ações da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) no Brasil. Criada em 2003 pelo ACNUR e implementada em vários países da América Latina, a CSVM promove o ensino e a difusão do Direito Internacional dos Refugiados em centros universitários da região, em conjunto com governos, universidades e outras organizações internacionais.

Um acordo de cooperação técnica entre o MJ e o ACNUR assinado na última sexta-feira (16/10), em Brasília, irá implementar ações de incentivo à pesquisa e à produção acadêmica relacionada ao Direito Internacional dos Refugiados. O acordo foi assinado pelo Secretário Nacional de Justiça do MJ e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), Beto Vasconcelos, e pelo representante interino do ACNUR no Brasil, Agni Castro-Pita.

As partes concordam em reunir esforços para articular ações de fomento ao ensino, pesquisa, extensão e formação em temas relacionados ao Direito Internacional Humanitário, o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Refugiados. Também irão expandir as ações da CSVM para outros órgãos governamentais e a iniciativa privada.

A parceria foi apresentada durante o 6º Seminário Nacional da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, ocorrido há duas semanas na Universidade Federal da Grande Dourados (MT). O encontro reuniu integrantes do governo, do ACNUR, parceiros e pesquisadores acadêmicos em torno do debate sobre Direito Internacional dos Refugiados, migrações internacionais em direção ao Brasil, fronteiras do país e o instituto do reassentamento.

Segundo o Acordo de Cooperação, a Secretaria Nacional de Justiça se compromete, entre outras ações, a promover capacitações em parceria com as instituições associadas à CSVM, disponibilizar editais de pesquisa ou concursos de artigos sobre temas relacionados aos temas da Cátedra e difundir campanhas de sensibilização a respeito do refúgio.

Caberá ao ACNUR informar as instituições associadas à Cátedra sobre o desenvolvimento da normativa nacional e internacional sobre refúgio, incentivar e divulgação a produção acadêmica sobre o tema e apoiar as instituições parceiras na realização de seminários e programas de capacitação do seu corpo docente e discente.

No Brasil, a CSVM já reúne 14 universidades localizadas em diferentes partes do país. A Cátedra é uma homenagem ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto no Iraque em 2003 e que dedicou grande parte da sua carreira profissional nas Nações Unidas ao trabalho com refugiados, como funcionário do ACNUR – onde chegou a ocupar o cargo de Alto Comissário Assistente para Operações. Quando morreu, ocupava o cargo de Enviado Especial do Secretário Geral da ONU para o Iraque.

Além de difundir o Direito dos Internacional dos Refugiados e promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes neste tema, a CSVM no Brasil incorpora vertente do trabalho direto com os refugiados, oferecendo serviços e critérios diferenciados para a entrada no ensino superior.

Refugiados universitários – A Universidade Federal do Paraná (UFPR), integrante da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, informou que refugiados ou portadores de visto humanitário q no Brasil e que cursavam algum curso superior no exterior poderão estudar na instituição a partir de 2016.

O período para solicitar ingresso nos cursos de graduação da universidade no próximo dia 13 de novembro. A solicitação é gratuita, e os refugiados não precisarão fazer o vestibular. A seleção da UFPR será feita por análise de documentos e depende da disponibilidade de vagas em cada curso, conforme os registros de evasão. A solicitação deverá ser feita pessoalmente ou por meio de procuração do interessado, com firma reconhecida em cartório. Todos os critérios estão estabelecidos em um edital, disponível em bit.ly/1MsKeCS