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Dados: refúgiados no Brasil e no mundo

Dados: refúgiados no Brasil e no mundo

O ACNUR trabalha com dados e estatísticas que ajudam a compreender informações importantes para salvar, proteger e melhorar a vida das pessoas refugiadas, deslocadas à força e apátridas. Com base em dados confiáveis, é possível tomar decisões informadas sobre nosso trabalho e planejar melhor as operações futuras. Os dados também nos permitem prestar contas a beneficiários, governos, parceiros e doadores de forma tangível e comparável. A confidencialidade dos dados dos refugiados é altamente respeitada pelo ACNUR e por nossos parceiros, e o processamento e a proteção de dados pessoais estão ancorados na Política de Proteção de Dados do ACNUR.

Refúgio no mundo

Até o final de 2023, estimava-se que 117,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas à força devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbaram seriamente a ordem pública. Com base em dados operacionais, o ACNUR estima que o deslocamento forçado continuou a aumentar nos primeiros quatro meses de 2024 e, até o final de abril de 2024, é provável que tenha ultrapassado 120 milhões.

 

117,3 milhões

Mais de 117,3 milhões de pessoas foram deslocadas à força até o final de 2023.

1 em cada 69

Isso equivale a mais de 1 em cada 69 pessoas em todo o mundo.

12 anos

O número de pessoas deslocadas tem aumentado a cada ano nos últimos 12 anos.

Pessoas deslocadas à força em todo o mundo | 2014 - 2023

*Números em milhões
 
Nota: Algumas pessoas refugiadas palestinas sob o mandato da UNRWA em Gaza também foram deslocadas internamente. Nesse gráfico, esses refugiados deslocados internamente sob o mandato da UNRWA são contados apenas uma vez, sob o número de “refugiados da Palestina sob o mandato da UNRWA”.
Quantas pessoas refugiadas existem no mundo?

Até o final de 2023, mais de 117 milhões de pessoas permaneceram deslocadas à força devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbam seriamente a ordem pública. Isso representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior (um acréscimo de 8,8 milhões de pessoas), continuando uma tendência de aumentos anuais há 12 anos. Esse contingente de pessoas inclui:

43,4 milhões de refugiados e outras pessoas necessitando de proteção internacional (+8% em relação ao ano anterior), incluindo 31,6 milhões de refugiados sob o mandato do ACNUR; 5,8 milhões de outras pessoas necessitando de proteção internacional; e 6 milhões de refugiados palestinos sob o mandato da UNRWA.

  • 68,3 milhões de pessoas deslocadas internamente, em comparação com 62,5 milhões em 2022, um aumento de 9,3% e de 49% em cinco anos.
  • 6,9 milhões de solicitantes de asilo.
  • Do total das 117 milhões de pessoas deslocadas à força, 40% – cerca de 47 milhões de pessoas – são crianças.

Até o final de 2023, uma em cada 69 pessoas globalmente, ou 1,5% de toda a população mundial, estava deslocada à força, quase o dobro do que há uma década.

Países de baixa e média renda acolhiam 75% dos refugiados do mundo e outras pessoas necessitando de proteção internacional ao final de 2023. Por outro lado, os países menos desenvolvidos forneceram asilo para 21% do total. Além disso, 69% dos refugiados e outras pessoas necessitando de proteção internacional viviam em países vizinhos aos seus países de origem.

O constante aumento de pessoas em situação de deslocamento forçado reflete novos e antigos conflitos, é reflexo da falha em resolver conflitos prolongados e da falta de vontade política para abordar as causas do deslocamento. No ano passado, pelo menos 25 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por guerras e conflitos, com quase uma em cada cinco (19%) fugindo para outro país.

Comparado a uma década atrás, o número total de refugiados globalmente mais que dobrou. Cerca de 73% dos refugiados sob o mandato do ACNUR são originários de apenas cinco países: Afeganistão, Síria, Venezuela, Ucrânia e Sudão. No final de 2023, estima-se que 24,9 milhões de refugiados e outras pessoas necessitando de proteção internacional estavam em 58 situações prolongadas em 37 países anfitriões, 1,6 milhão a mais que no ano anterior.

A população apátrida global foi estimada em 4,4 milhões até o final de 2023. Este número inclui pessoas que eram apátridas ou de nacionalidade indeterminada e representa uma queda de 1% em relação ao ano anterior. Em 2023, 14 Estados melhoraram suas leis, políticas e procedimentos para prevenir e reduzir a apatridia e mais de 32mil pessoas apátridas tiveram sua nacionalidade confirmada ou adquiriram cidadania durante o ano.

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Como os eventos climáticos extremos estão afetando o deslocamento?

Os eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e intensos. Estes têm frequentemente impactado países que enfrentam novos ou crescentes conflitos. Enquanto a situação de milhões de pessoas deslocadas à força e das comunidades que as hospedam já é crítica, sua exposição a riscos climáticos deve aumentar dramaticamente.

Dados recentes revelam que 4,3 milhões de refugiados, 580.100 solicitantes de asilo e 50,6 milhões de deslocados internos estão em países expostos a altos, severos ou extremos níveis de riscos relacionados ao clima, enquanto também enfrentam conflitos. No final de 2023, cerca de um em cada dez refugiados e solicitantes de asilo, e quase três em cada quatro deslocados internos, viviam em áreas expostas a riscos climáticos extremos.

Estima-se que, sem soluções duradouras e medidas eficazes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, quase 12 milhões de refugiados e solicitantes de asilo (12 vezes mais do que em 2023) e 37 milhões de pessoas deslocadas em seus próprios países (87 vezes mais do que em 2023) viverão em tais condições perigosas até 2040.

Quais soluções o ACNUR visualiza para os próximos anos?

Em anos anteriores, a repatriação voluntária, a integração local e o reassentamento ofereceram soluções para milhões de refugiados. Em particular, o fim dos conflitos permitiu que deslocados internos e refugiados voltassem para casa. Com os conflitos existentes se prolongando e novos surgindo, os retornos voluntários estão se tornando mais difíceis.

Em todo o mundo, cerca de 7 milhões de pessoas deslocadas internamente e quase 1 milhão de refugiados retornaram para casa em 2023. Além disso, 6,1 milhões de pessoas deslocadas retornaram às suas áreas ou países de origem em 2023, incluindo 5,1 milhões de deslocados internos e mais de 1 milhão de refugiados.

O ACNUR está trabalhando em soluções e há algumas razões para otimismo: plataformas de soluções regionais estão em funcionamento ou em avanço. O ACNUR está buscando uma abordagem baseada em rotas (routes-based approach ou visão hemisférica) e trabalhando com países para melhorar os sistemas de asilo, encontrar soluções em terceiros países e trabalhar em retornos com dignidade (para aqueles que não precisam de proteção internacional).

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Refúgio em Números - Brasil

De acordo com dados divulgados na última edição do relatório “Refúgio em Números”, apenas em 2023, no Brasil, foram feitas 58.628 solicitações da condição de refugiado, provenientes de 150 países. As principais nacionalidades solicitantes em 2023 foram venezuelanas (50,3%), cubanas (19,6%) e angolanas (6,7%).

Em 2023, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas. Os homens corresponderam a 51,7% desse total e as mulheres, a 47,6%. Além disso, 44,3% das pessoas reconhecidas como refugiadas eram crianças, adolescentes e jovens com até 18 anos de idade.

Do total, 72% das solicitações apreciadas pelo Conare foram registradas nas Unidades da Federação (UFs) que compõem a região norte do Brasil. O estado de Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio apreciadas pelo CONARE em 2023 (51,5%), seguido por Amazonas (14,2%) e São Paulo (7,5%).

Painéis interativos de dados do ACNUR Brasil

Painel Brasil no Fórum Global sobre Refugiados

Apresenta o retrato populacional sobre pessoas refugiadas e outras em necessidade de proteção internacional no Brasil, e compartilha informações sobre os compromissos firmados pelo Governo brasileiro e demais atores nacionais no marco do Fórum Global sobre Refugiados.

Decisões sobre refugiados no Brasil

Dados que refletem as decisões do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) referentes às solicitações de reconhecimento da condição de refugiado.

Assistência financeira do ACNUR

Distribuição da assistência financeira de CBI (sigla em inglês para Cash Based Intervention, ou seja, transferências monetárias).

Abrigos em Roraima

O ACNUR fornece apoio ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome na gestão de abrigos temporários e emergenciais.

Informações sociais

Plataforma Regional de Coordenação Interagencial R4V traz informações sobre Cadastro Único, Bolsa Família e BPC.

Movimentos de saída

A Plataforma R4V realiza uma pesquisa contínua com pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela para analisar os movimentos de saída do Brasil.