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Rio Grande do Sul, Brasil

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O maior desastre climático já registrado no Rio Grande do Sul deixou um rastro de destruição, causando inundações e perdas humanas e materiais que afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas e forçaram milhares a abandonarem suas casas.

Desde o início das enchentes que atingiram o RS, entre abril e maio de 2024, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem trabalhado em diversas frentes para oferecer apoio às famílias afetadas, sem distinção de nacionalidade, incluindo brasileiros, refugiados e outras pessoas em necessidade de proteção internacional.
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Catástrofe climática no Rio Grande do Sul. Mirian Fichtner/ACNUR

 


O que o ACNUR está fazendo para ajudar?

Desde o início da catástrofe, a equipe do ACNUR permanece em campo no Rio Grande do Sul, atendendo ao pedido de apoio das autoridades brasileiras. A agência atua na continuidade da resposta emergencial, na recuperação das comunidades afetadas e na assessoria técnica para os planos de reconstrução do estado.

Em estreita coordenação com autoridades locais, outras agências da ONU, governos doadores, parceiros do setor público e privado, academia e sociedade civil, o ACNUR segue comprometido em oferecer assistência às pessoas que ainda necessitam de apoio.

Além disso, a agência trabalha para garantir que aproximadamente 43 mil refugiados e outras pessoas em necessidade de proteção internacional que estavam no estado no momento da catástrofe, muitas delas residentes nas áreas mais atingidas pelas águas, sejam incluídas nos planos de resposta humanitária, recuperação e reconstrução.

O compromisso do ACNUR é apoiar a reconstrução de comunidades resilientes e assegurar que ninguém seja deixado para trás. Além disso, a Agência da ONU para Refugiados tem ampla experiência em respostas a emergências climáticas no restante do mundo e no Brasil (por exemplo, no Acre, no Amazonas e na Bahia) e segue trabalhando em colaboração com parceiros para garantir soluções eficazes e complementares frente a crises.

Principais ações do ACNUR no Rio Grande do Sul

  • Distribuição de materiais essenciais: desde maio de 2024, o ACNUR entregou mais de 17 toneladas de itens de ajuda humanitária, incluindo 308 unidades habitacionais de emergência (abrigando até 1.848 pessoas forçadas a se deslocar), além de milhares de kits de cozinha, cobertores, kits de higiene, lâmpadas solares, esteiras e redes mosquiteiras.
  • Assistência financeira: o ACNUR ofereceu ajuda em dinheiro para 1.255 famílias afetadas pelas enchentes.
  • Escuta da comunidade: com um enfoque centrado nas comunidades mais afetadas, o ACNUR realiza processos de escuta e diálogo para identificar necessidades específicas e implementar ações efetivas.
  • Capacitação de equipes locais: o ACNUR treinou 340 gestores que trabalham em abrigos coletivos municipais em gerenciamento e coordenação desses espaços, promovendo a transferência de conhecimento e fortalecendo a resposta local.
  • Apoio integrado: em parceria com instituições públicas, o ACNUR fornece assistência em documentação, orientação jurídica, registro em sistemas de proteção social e acesso a serviços especializados.
  • Mobilização comunitária: sete organizações locais (incluindo quatro lideradas por refugiados) foram selecionadas para apoiar os trabalhos do ACNUR em diferentes cidades, oferecendo oficinas de geração de renda, cursos de português e encaminhamento para serviços públicos, alinhando a resposta às demandas das comunidades afetadas.
  • Colaboração: o ACNUR atua de forma complementar às iniciativas dos governos federal, estadual e municipais, em parceria com outras agências da ONU, organizações da sociedade civil e o setor privado. A agência também colabora com universidades integrantes da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, ampliando a capacidade de resposta por meio de um trabalho coordenado.

Relatório de impacto

Para mais detalhes sobre as ações do ACNUR no Rio Grande do Sul, acesse o relatório sobre as ativiades realizadas nos primeiros seis meses após a inundação (em inglês):

Brazil: Floods Emergency - Six-month Impact Report

Contexto

Das 43 mil pessoas refugiadas ou em necessidade de proteção internacional no Rio Grande do Sul no início da emergência, 67% eram venezuelanas, 28% haitianas e 3% cubanas, enfrentando demandas urgentes por proteção, abrigo, comida, saúde, assistência financeira, água, saneamento e higiene.

Seis meses após o desastre, mais de 1.300 pessoas permanecem em abrigos coletivos no estado, e muitos ainda enfrentam dificuldades devido aos impactos nas moradias e na infraestrutura pública. A reconstrução exigirá esforços coordenados de longo prazo, incluindo a restauração de casas e serviços, bem como apoio psicossocial contínuo para mitigar o estresse elevado que pessoas refugiadas e com necessidade de proteção internacional enfrentam, além de promover a integração nas comunidades.

Como ajudar

O trabalho do ACNUR é mantido por contribuições voluntárias de países e por doações de empresas e pessoas físicas. As doações são fundamentais para ampliar o alcance e o impacto das iniciativas do ACNUR na população do Rio Grande do Sul.

Qualquer pessoa pode contribuir com qualquer valor pelo botão abaixo:

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Você também pode doar por PIX: [email protected]

 

Empresas devem entrar em contato com o ACNUR pelo botão abaixo:

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