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ACNUR pede ajuda urgente para 228 mil pessoas afetadas por inundações na África Ocidental

Notas informativas

ACNUR pede ajuda urgente para 228 mil pessoas afetadas por inundações na África Ocidental

A crise climática está exacerbando as vulnerabilidades existentes e desencadeando novas ondas de deslocamento em regiões que já abrigam um grande número de pessoas desarraigadas por conflitos e insegurança.
1 Novembro 2024
Flood waters from the Logone River threaten to submerge the Ngueli bridge connecting Chad and Cameroon.

As águas da enchente do Rio Logone ameaçam submergir a ponte Ngueli que conecta Chade e Camarões.

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) está urgentemente abordando as necessidades mais prementes de 228 mil pessoas deslocadas à força e suas comunidades anfitriãs em toda a África Ocidental e Central, onde chuvas torrenciais e inundações devastadoras causaram estragos e impactaram mais de 5,1 milhões de pessoas. 

No Chade, cerca de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas. Níger (1,4 milhão) e Nigéria (1,2 milhão) também foram severamente impactados, assim como Camarões (365 mil) e Mali (260 mil). Os efeitos catastróficos das inundações estão prestes a se estender muito além da temporada de chuvas deste ano, agravando as dificuldades já enfrentadas pelas comunidades vulneráveis. 

O financiamento é crucial para fornecer suporte vital, incluindo proteção, abrigo e itens de socorro de emergência, além de fortalecer as atividades de preparação. 

“O ACNUR e seus parceiros estão trabalhando em linha com os planos de resposta do governo para fornecer tanto ajuda imediata quanto suporte a longo prazo às populações deslocadas e às comunidades que as acolhem, que são as mais afetadas por esta crise. No entanto, sem recursos adicionais, as necessidades críticas não serão atendidas, aumentando ainda mais a vulnerabilidade dos impactados”, destacou o diretor do Escritório Regional do ACNUR para a África Ocidental e Central, Abdouraouf Gnon-Kondé.

A crise climática está exacerbando as vulnerabilidades existentes e desencadeando novas ondas de deslocamento em regiões que já abrigam um grande número de pessoas desarraigadas por conflitos e insegurança. 

Em toda a África Ocidental e Central, 14 milhões de pessoas foram deslocadas à força, o dobro do número relatado em 2019. Essas crises sobrepostas destacam a necessidade urgente de melhor resiliência climática e ajuda humanitária para proteger as pessoas mais vulneráveis. 

O ACNUR lançará seu primeiro relatório analisando a interação entre conflito, clima e deslocamento na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) em Baku. 

Dado o vasto número de pessoas afetadas, suas crescentes necessidades humanitárias e as previsões meteorológicas que preveem eventos climáticos mais extremos, o ACNUR declarou uma emergência em setembro de 2024 para Camarões, Chade, Níger, Nigéria e Mali para aumentar a preparação e a resposta nessas operações.