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10,5 milhões de refugiados receberam atendimento médico em 2018

Comunicados à imprensa

10,5 milhões de refugiados receberam atendimento médico em 2018

22 Julho 2019
Uma menina refugiada síria é atendida em um centro de saúde para refugiados apoiado pelo ACNUR no Egito. © ACNUR/Scott Nelson

Apesar dos níveis recordes de deslocamento no mundo e dos contínuos fluxos de deslocados, cerca de 10,5 milhões de refugiados receberam tratamento médico por meio de programas de saúde pública financiados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e outros parceiros no último ano.

Esses dados foram publicados no Relatório Anual de Saúde Pública Global do ACNUR, publicado no dia 18 de julho.

O relatório destaca o estado da saúde, nutrição, água, saneamento e atividades de higiene para refugiados, solicitantes de refúgio e afeta comunidades anfitriãs nos 51 países que abriga refugiados.

“Com a maioria dos refugiados, 84%, abrigados em regiões em desenvolvimento, onde serviços básicos estão sobrecarregados, sistemas nacionais de saúde precisam de maior apoio para garantir que refugiados e comunidades anfitriãs possam ter acesso a atendimentos de saúde essenciais e que salvam vidas”, disse o Alto Comissário Assistente de Operações do ACNUR, George Okoth-Obbo.

O relatório mostra que entre os progressos realizados m 2018, taxas de mortalidade entre crianças refugiadas menores de cinco anos, um importante indicador de saúde em emergências, continua a cair.

As taxas de mortalidade de crianças refugiadas menores de cinco anos melhoraram em média 0,4 a cada mil crianças por mês em 2017 para 0,3 em 2018. Isto apesar dos contínuos influxos de refugiados, inclusive de Mianmar, Sudão do Sul e República Democrática do Congo para os países vizinhos no ano passado.

O relatório também destaca os progressos significativos realizados na inclusão de refugiados nos sistemas nacionais de saúde, com alguns países também realizando esforços notáveis ​​para expandir as oportunidades de incluir os refugiados nos planos de saúde e outros pilares da proteção social.

Em 37 países anfitriões, a maioria dos refugiados podem ser vacinados e receber tratamento para tuberculose, HIV e malária em taxas igualitárias com as nacionais.

Os esforços também continuaram em 2018 para promover e facilitar o acesso abrangente a serviços de saúde reprodutiva, incluindo saúde materna e neonatal e planejamento familiar.

Em 80% dos países onde o ACNUR apoia atividades de saúde, 90% das mulheres refugiadas deram à luz em instalações de saúde com assistência profissional – a medida mais eficaz para reduzir a mortalidade neonatal e materna assim como da natimortalidade.

As principais áreas de preocupação para a saúde dos refugiados, no entanto, incluem surtos de doenças em contextos de refúgio. Ao longo do ano, as equipes e parceiros de saúde pública do ACNUR responderam a vários surtos, desde difteria e suspeita de sarampo em Bangladesh, até cólera e febre hemorrágica viral no Quênia e em Uganda.

A desnutrição também continua sendo um preocupante problema de saúde para os refugiados. Embora as melhorias nas taxas de Desnutrição Aguda Global (GAM) - um dos principais indicadores nutricionais - tenham sido feitas em vários contextos de refugiados, quando comparado ao ano anterior, o ACNUR está extremamente preocupado com os altos níveis contínuos de anemia e desnutrição entre muitas populações de refugiados.

Enquanto as causas de desnutrição variam, a insegurança alimentar é um fator significativo. Muitas operações do ACNUR sofreram cortes crescentes na assistência alimentar nos últimos anos e há uma tendência crescente no número de países afetados.

Cortes na assistência alimentar são particularmente preocupantes porque refugiados frequentemente têm limitadas opções legais para aumentar sua renda ou seu acesso a comida. Muitos recorrem a estratégias de enfrentamento potencialmente prejudiciais para atender às suas necessidades básicas, o que pode aumentar os riscos de proteção, como tirar as crianças da escola para trabalhar, implorar e vender o pouco que têm.

A integração da saúde mental na atenção básica continua sendo uma prioridade. As consultas de saúde mental foram responsáveis ​​por menos de dois por cento, 154 mil, do número total de consultas de saúde com refugiados, cerca de 7,5 milhões, nas unidades de saúde do ACNUR e de parceiros em 2018.

Dado os níveis recordes de deslocamento forçado em todo o mundo e com 25,9 milhões de refugiados em todo o mundo, o ACNUR está pedindo apoio para sustentar suas atividades principais, como os programas de saúde para refugiados. Em meados de 2019, apenas 30% do orçamento global do ACNUR, 8,636 bilhões de dólares, que apoia serviços e programas que salvam vidas de refugiados em 131 países, foi levantado.

O link para o relatório (em inglês) está disponível aqui: https://his.unhcr.org/ar2018/

 

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