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4 motivos para apoiar refugiados no dia de doar

Comunicados à imprensa

4 motivos para apoiar refugiados no dia de doar

30 Novembro 2020
A viúva etíope, Abadaso, 35, está sentada com um de seus cinco filhos em um abrigo em um campo de refugiados em Moyale, Condado de Marsabit, Quênia. © ACNUR/Will Swanson

Amanhã, 1 de dezembro, pessoas e organizações do mundo inteiro celebram o Dia de Doar. Criada há mais de 10 anos nos Estados Unidos, a data promove a conexão de pessoas com causas em uma onda de ações de generosidade. Nesse dia de união para fazer o bem, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniu quatro motivos apoiar refugiados, confira:

1. Nova crise humanitária ameaça milhares de pessoas na Etiópia

Etíopes que fugiram dos combates na região de Tigray se reúnem na vila de Hamdait, na fronteira do Sudão com a Etiópia, no estado de Kassala oriental © ACNUR/El Tayeb Siddig

Na Etiópia, uma crise humanitária em grande escala está se desenrolando e milhares de refugiados já fugiram dos violentos conflitos na região de Tigré, norte do país. Desde o dia 10 de novembro, cerca de 40.000 mulheres, homens e crianças cruzaram a fronteira rumo ao Sudão em busca de segurança.

O ACNUR e as autoridades sudanesas estão trabalhando sem parar para suprir necessidades básicas, mas a resposta a essa crise humanitária enfrenta inúmeros desafios logísticos. Não há capacidade de abrigo suficiente para atender às necessidades crescentes.

 

2. Espaço e recursos escassos: refugiados seguem vulneráveis à COVID-19

Criança do Burundi lava as mãos no campo de refugiados Mahama, em Ruanda, agosto 2020 © ACNUR/Eugene Sibomana

Enquanto países ao redor do mundo enfrentam a segunda onda do coronavirus, o ACNUR lembra que as populações deslocadas seguem em situação de extrema vulnerabilidade, lidando com aglomerações e acesso limitado a itens básicos como sabão e água.

Ter acesso básico a serviços como saúde, saneamento básico e abrigo decente para chamar de lar são essenciais para todos os seres humanos viverem com dignidade. No entanto, essa não é a realidade para milhões de refugiados e pessoas deslocadas internamente ao redor do mundo.

 

3. Em todo o mundo, milhares de pessoas continuam deixando suas casas para escapar de conflitos

Barco com refugiados e migrantes de diversos países da África espera para ser resgatado ©ACNUR/Hereward Holland

A crise de COVID-19 exacerbou as necessidades humanitárias em todo o mundo, particularmente em países de renda baixa e média, que atualmente acolhem mais de 85% dos refugiados do mundo. A pandemia está desestabilizando setores inteiros da economia, com milhões de pessoas dependendo de rendas instáveis que agora estão em risco.

De maneira geral, a violência, a perseguição e os conflitos civis continuam a deslocar milhões de pessoas. Poucos conflitos diminuíram nos últimos meses, enquanto alguns, como na República Democrática do Congo, Líbia, Sahel e Síria, pioraram.

 

4. 70 anos do ACNUR: os tempos mudam, nossa missão não

Funcionária do ACNUR conversa com Magdalena, refugiada venezuelana que vive em uma comunidade indígena no Brasil © UNHCR/Viktor Pesenti

O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, foi criado em dezembro de 1950 por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Iniciou suas atividades em janeiro de 1951, com um mandato inicial de três anos para reassentar refugiados europeus que estavam sem lar após a Segunda Guerra Mundial.

Com os níveis de deslocamento forçado atingindo níveis sem precedência nas últimas décadas, o ACNUR segue atuando há 70 anos com uma única missão: proteger e ajudar milhões de pessoas a recomeçarem suas vidas. Por esse trabalho humanitário, recebeu duas vezes o Prêmio Nobel da Paz (1954 e 1981).

O trabalho do ACNUR de proteção às pessoas refugiadas é mantido por contribuições voluntárias de países e por doações de empresas e pessoas físicas. No Dia de Doar, faça parte desse movimento e ajude e garantir um futuro digno a milhares de pessoas. Doe agora mesmo.