#8M: Mais de mil pessoas aproveitam primeiro festival "Para mulheres refugiadas" na Argentina
#8M: Mais de mil pessoas aproveitam primeiro festival "Para mulheres refugiadas" na Argentina
Michele Manca di Nissa, representante do Escritório Regional do ACNUR para o Sul da América Latina, disse que "não podemos esquecer que este dia é para as mulheres refugiadas". Ela agradeceu a presença de cinquenta voluntários que participaram do festival e dos que aderiram à campanha #ComOsRefugiados. "O gesto de assinar a petição é também uma maneira de ajudar", concluiu.
O evento teve entrada franca e começou às 18h. Dentre as atrações ao vivo, estavam Las Taradas, Fémina, Santa Cadencia, Yacaré Manzo e as DJs Villa Diamante e Virginia Da Cunha. Lana, que é artista plástica e refugiada síria na Argentina, fez uma intervenção em um mural ao vivo.
Nas feiras gastronômicas e artesanais, refugiados e solicitantes de refúgio de diferentes países ofereceram uma degustação de pratos típicos de suas regiões como pães e empanadas árabes, hambúrgueres, húmus, kafta e charutos. Também houve estandes institucionais e a presença de diferentes organizações que trabalham para melhorar a qualidade de vida dos refugiados que vivem na Argentina.
Durante todo o Festival "Para as mulheres refugiadas", mais de 800 pessoas demonstraram sua solidariedade #ComOsRefugiados e endossaram a campanha global do ACNUR, assinando a petição em apoio às 65,6 milhões de pessoas no mundo que foram forçadas a se deslocar, muitas vezes em condições de extrema vulnerabilidade.
As mulheres estão na nossa agenda
Novo relatório publicado pelo ACNUR revela que meninas refugiadas no nível fundamental têm metade das chances de se matricular nas escolas do que garotos, embora elas constituam metade da população de refugiados em idade escolar. O acesso à educação é um direito humano fundamental. No entanto, para milhões de mulheres e meninas que fazem parte da crescente população mundial de refugiados, a educação continua sendo uma aspiração, e não uma realidade.