ACNUR amplia ações esportivas em prol dos refugiados e firma parceria com a UEFA
ACNUR amplia ações esportivas em prol dos refugiados e firma parceria com a UEFA
O protocolo compromete as duas organizações a estabelecer iniciativas de longo prazo para apoiar refugiados e pessoas deslocadas de maneira forçada. O documento também aproveita o poder transformador do futebol para apoiar e defender os direitos dessas pessoas e fortalecer sua integração nas comunidades anfitriãs.
A parceria irá encorajar uma cooperação estreita entre as federações-membro da UEFA e os escritórios do ACNUR em toda a Europa.
“Não importa para qual lugar do mundo eu viaje pelo ACNUR - campos de refugiados, assentamentos, vilas e cidades - percebo como o futebol tem a capacidade extraordinária de unir as pessoas em torno de uma paixão comum. Através da nossa parceria com a UEFA, esperamos usar o poder do futebol para conectar as pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem”, afirma o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.
“O esporte oferece uma oportunidade para que crianças e jovens refugiados sejam incluídos, além de ter o poder transformador de reconstruir vidas e inspirar valores positivos”, acrescentou.
Para o Presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, o Protocolo de Cooperação “é uma forma impactante de fortalecer ainda mais o futebol como uma ferramenta poderosa para promover a inclusão social sustentável das pessoas refugiadas e aumentar a coesão social. A parceria com o ACNUR faz parte do já extenso trabalho da UEFA nesta área, através de iniciativas e programas da Fundação para Crianças da UEFA. Mais importante ainda, nossas atividades conjuntas terão um impacto real na vida diária dos refugiados e de outras pessoas deslocadas de forma forçada.”
O Diretor de Futebol e Responsabilidade Social da UEFA, Michele Uva, acrescentou que “a parceria institucional com o ACNUR sublinha o compromisso da UEFA com o novo pilar de Responsabilidade da Estratégia da UEFA e as suas políticas específicas de Apoio e Inclusão a Refugiados, que refletem a nossa responsabilidade de garantir que o futebol europeu apoie esses tópicos importantes para a sociedade civil.”
O acordo foi assinado pelo Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, e pelo Diretor de Futebol e Responsabilidade Social da UEFA, Michele Uva, na última quarta-feira (19) na sede do ACNUR em Genebra.
Acesse o Protocolo de Cooperação completo (em inglês).
ACNUR e esporte no Brasil
Desde 2018 o ACNUR e o Santos Futebol Clube realizam atividades conjuntas em prol das pessoas refugiadas. Em janeiro de 2020, ACNUR e Santos firmaram uma parceria, renovada no início deste ano, para a realização de ações de comunicação da causa das pessoas refugiadas e prevê o acesso de crianças refugiadas entre 7 e 15 anos nas escolas de futebol “Meninos da Vila”, além de possibilitar o ingresso de pessoas refugiadas adultas em jogos do Santos FC – quando o público for liberado nos estádios.
Desde 2014, o ACNUR apoia a ONG PDMIG - África do Coração na realização da Copa dos Refugiados no Brasil. Com o Sesc-SP, o ACNUR já realizou importantes ações esportivas com jovens e adultos refugiados em diferentes unidades da instituição, tanto na promoção da causa do deslocamento forçado como por meio de atividades entre grupos mistos, envolvendo brasileiros e refugiados.
Refugiados nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Assim como em 2014, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, neste ano o ACNUR está trabalhando com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês) para apoiar atletas refugiados que, apesar dos desafios do deslocamento forçado e da pandemia da COVID-19, continuam a treinar para manter vivos os seus sonhos de competir em Tóquio. Atualmente, 60 atletas e para-atletas refugiados treinam com a esperança de competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, com previsão de anúncio deste time em junho.
O ACNUR lançou um vídeo que remonta a trajetória de atletas refugiados, contando a história de uma pessoa refugiada forçada a deixar sua casa a pé para escapar de conflitos e perseguições. Deslocando-se por terra e por mar, ela termina por encontrar segurança, reestabelece sua vida e começa a correr em direção a um novo objetivo: uma medalha e o reconhecimento de seus esforços.
Para mais informações sobre as atividades do ACNUR relacionada a esportes, entre em contato com:
Luiz Fernando Godinho: [email protected] (61) 98187-0978
Miguel Pachioni: [email protected] (11) 98875-3256