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ACNUR apoia rede pública de saúde do Amazonas durante a pandemia de COVID-19 e enchentes no estado

Comunicados à imprensa

ACNUR apoia rede pública de saúde do Amazonas durante a pandemia de COVID-19 e enchentes no estado

28 Julho 2021
Doações da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) são direcionadas a populações afetadas pela pandemia e enchentes no Amazonas. © SES/AM – Rodrigo Santos
Manaus, 28 de julho de 2021 – Como parte das ações de prevenção e enfrentamento à COVID-19 e resposta às enchentes de 2021 no Amazonas, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem atuado em parceria com instituições locais e autoridades públicas para fortalecer estruturas de saúde e a resposta humanitária na capital e no interior. Mais de 38 mil itens já foram doados, entre eles Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), camas hospitalares, cobertores e outros artigos que auxiliam profissionais de saúde na resposta às emergências do estado.

As ações são possíveis graças ao apoio de diversos doadores do ACNUR, entre eles a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Governo Federal.

Atendendo a solicitações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), o ACNUR doou 315 camas e 20 berços hospitalares para fortalecer o atendimento nas maternidades da rede pública estadual. O mobiliário fortaleceu as estruturas de atendimento nas maternidades Ana Braga, Alvorada, Azilda Marreiro, Balbina Mestrinho, Chapot Prevost, Nazida Daou e também do Instituto da Mulher Dona Lindu.

Junto com as camas foram entregues colchões e lencóis para equipar leitos adicionais de pacientes grávidas na capital e no interior por meio da metodologia “Canguru”, que proporciona atendimento humanizado para mães e filhos recém-nascidos.  Também foram entregues duas geladeiras para apoiar na manutenção de remédios e outros insumos sob a temperatura adequada.

Maternidade Balbina Mestrinho, uma das maternidades referência de Manaus, recebe reforço emergencial durante a pandemia da COVID-19. © SES-AM/Edilson Albuquerque

Outro desafio enfrentado pelo Amazonas são as enchentes. Em 2021, o Rio Negro atingiu a cota de 30 metros, a maior registrada historicamente. Mais de 455 mil pessoas foram impactadas em diversas regiões do estado, tendo que adaptar suas casas ou até mesmo deixá-las.

Para apoiar nesta emergência, mais de 1,4 mil produtos como colchonetes com capas, mosquiteiros e itens de higiene foram disponibilizados pelo ACNUR para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM) em fevereiro deste ano, auxiliando famílias do município de Boca do Acre-AM (1.030 km de Manaus).

Outros 5 mil itens entre lâmpadas solares, kits de cozinha, mosquiteiros e cobertores protetores estão sendo entregues pelo ACNUR aos parceiros da sociedade civil e instituições locais para o fortalecimento da resposta às vítimas de enchente, incluindo refugiados, indígenas e brasileiros que moram na capital e no interior.

Além disso, indígenas refugiados da etnia Warao que vivem em abrigos de Manaus receberam redes e mosquiteiros para o enfrentamento da subida dos rios na cidade, em parceria com a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).

A chefa do escritório do ACNUR em Manaus, Sara Angheleddu, ressalta a relevância da cooperação com as autoridades locais para adequar a estrutura aos desafios impostos pela pandemia de COVID-19.

“O ACNUR seguirá apoiando a resposta local no Amazonas durante a pandemia, buscando atender às necessidades emergenciais tanto da população brasileira quanto a dos refugiados e migrantes venezuelanos, neste caso por meio do fortalecimento das estruturas de saúde, que tem fornecido assistência para ambos”, comenta.

Central de Medicamentos do Amazonas, administrada pela Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas, recebe doações feitas pelo ACNUR. © ACNUR Brasil/Felipe Irnaldo

Para o Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Embaixador Ruy Pereira, “a cooperação humanitária brasileira segue empenhada em prestar assistência a populações cuja situação de vulnerabilidade se viu ainda mais agravada em razão da pandemia da COVID-19, como os refugiados e migrantes venezuelanos, muitos dos quais indígenas, com importante presença nos Estados de Roraima e do Amazonas. Em nome do Brasil, a ABC fez doação financeira ao Plano Global de Resposta Humanitária à COVID-19, das Nações Unidas, por meio do ACNUR, com vistas a atender, em caráter humanitário, as necessidades emergenciais no Amazonas, favorecendo uma melhor estruturação e resposta dos entes estaduais e municipais em seus esforços de enfrentamento à COVID-19, impactado pelo afluxo de refugiados e migrantes venezuelanos”.

Trabalho do ACNUR em Manaus

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) está presente em Manaus apoiando a resposta emergencial das autoridades locais para quem foi forçado a deixar a Venezuela em busca de proteção e assistência. Por meio da Rede de Proteção Local, que conta com órgãos públicos, organizações da sociedade civil e outros parceiros, mais de 7 mil pessoas receberam apoio somente em 2021. Mais de 14 mil itens de primeira necessidade já foram entregues para população em situação de vulnerabilidade este ano.

Sobre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE)

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), foi criada em 1987 para coordenar, no âmbito nacional, iniciativas de cooperação técnica desenvolvidas pelo Governo brasileiro. Desde 2017, a ABC coordena as ações governamentais em diversas esferas da assistência humanitária internacional prestada e recebida pelo Brasil. O enfrentamento à pandemia do COVID-19, no país e no exterior, foi o principal campo de atuação da ABC em 2020. A atuação da Agência ocorreu sem o Brasil deixar de prestar assistência humanitária mais tradicional, em casos de desastres e remessas de alimentos, medicamentos e outros itens emergenciais para o atendimento a países e populações que se encontrem em situação de calamidade pública, conflito armado, desastre socioambiental, insegurança alimentar e nutricional ou em outra situação de emergência ou de vulnerabilidade. A ABC manteve também suas atividades de cooperação técnica, recebida e prestada pelo Brasil, às quais foram adaptadas aos constrangimentos decorrentes da incidência da pandemia do novo coronavírus. Mais informações sobre a cooperação humanitária brasileira podem ser acessadas aqui.