ACNUR e jornalistas lançam manual para comunicar sobre mobilidade humana
ACNUR e jornalistas lançam manual para comunicar sobre mobilidade humana
O manual será lançado hoje em um evento on-line via Twitter Space a partir da conta do Observatório Interuniversitário de Mídia do Equador da USFQ na plataforma X (@OimeEcuador), às 22h (horário de Brasília). Para receber um lembrete sobre o evento, você pode se registrar no formulário on-line.
Esse recurso foi produzido de forma colaborativa por 20 jornalistas - tanto deslocados quanto de comunidades anfitriãs - por meio de uma orientação liderada pelo ACNUR e pela USFQ, com apoio técnico da Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador, da Associação de Jornalistas Venezuelanos no Peru e da Aliança de Comunicadores Venezuelanos em Antioquia (Colômbia).
Para essas organizações e para o ACNUR, a mobilidade humana é um direito humano fundamental. Consequentemente, a mídia, seus repórteres e editores têm a responsabilidade de oferecer uma cobertura ética que promova a interculturalidade e a diversidade, evitando estereótipos e enfocando os direitos humanos.
"O elemento diferenciador deste manual está em sua elaboração colaborativa entre profissionais de comunicação, incluindo pessoas refugiadas, migrantes e cidadãs dos países que os acolhem na Colômbia, no Equador e no Peru. Trata-se de um manual feito por jornalistas, para jornalistas, que surgiu de um espaço de intercâmbio cultural e de conhecimento", diz Juan Carlos Murillo, Oficial de Relações Externas do ACNUR para as Américas.
"Esse manual mostra o caminho para uma comunicação mais informada, consciente, inclusiva e sustentável. Esse guia conjunto representa uma bússola para os colegas comunicadores em um mundo onde cada vez mais pessoas são deslocadas", diz Yasmina Hera, presidente da Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador.
"É importante que a mídia e os futuros jornalistas contribuam para a integração por meio de uma abordagem de direitos humanos às notícias", disse Jasmina Méndez, diretora da Aliança de Comunicadores em Antioquia, Colômbia.
"O enfrentamento do deslocamento de pessoas é novo para o Peru e para toda a região. É tão novo que não há nenhuma política pública sobre isso. É preciso ter jornalistas especializados em migração em uma redação, com treinamento em direitos humanos. Sem dúvida, esse manual em que estamos trabalhando também servirá para a nova geração de jornalistas", disse María de los Angeles Ceballos, presidente da Associação de Jornalistas Venezuelanos no Peru (APEVEP).
O manual aborda três partes fundamentais da cobertura jornalística: antes (definição do foco e das fontes de informação), durante (como conduzir entrevistas com pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo fotografia e filmagem) e depois da cobertura (verificação de fatos).
Além disso, a publicação oferece um glossário técnico com definições e conceitos-chave para a produção jornalística relacionada à mobilidade humana. O guia está disponível em português, espanhol e inglês.
No Brasil, o ACNUR produziu em 2020 um manual específico de Cobertura Jornalística Humanitária voltado para profissionais e estudantes de jornalismo, abrangendo as parcerias do ACNUR existentes no âmbito nacional, assim como trazendo referências e indicações de cobertura de pautas em respeito às pessoas deslocadas de forma forçada. Este material está disponível neste link.
Contatos para a imprensa:
ACNUR
No Panamá: Luiz Fernando Godinho, [email protected], +507 6356 0074
No Brasil: Miguel Pachioni, [email protected], +55 (11) 98875-3256
Associações de Jornalistas Venezuelanos
Em Antioquia, Colômbia: Jasmina Méndez, [email protected]
No Equador, Yasmina Hera, [email protected]
No Peru, María de los Ángeles Ceballos, [email protected]
Universidade São Francisco de Quito (USFQ)
No Equador, Tania Orbe, [email protected], e Pamela Cruz, [email protected]