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ACNUR e Manpower promovem oficina para a empregabilidade de pessoas refugiadas

Comunicados à imprensa

ACNUR e Manpower promovem oficina para a empregabilidade de pessoas refugiadas

11 Julho 2019
Oficina realizada na sede do WeWork, em São Paulo, promove troca de informações, práticas e conhecimentos sobre a contratação de pessoas refugiadas no Brasil. © ACNUR/Miguel Pachioni

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a consultoria de Recursos Humanos ManpowerGroup realizaram na semana passada, em São Paulo, uma oficina para apoiar as organizações da sociedade civil na recolocação de pessoas refugiadas no mercado de trabalho brasileiro.

Os dois dias de encontro facilitaram a troca de experiências e conhecimentos práticos entre as organizações que atuam diretamente sobre o tema da empregabilidade de refugiados, contando inclusive com a participação de pessoas refugiadas que estão em busca de desafios profissionais condizentes com suas áreas de formação e experiência.

“Ao conciliarmos as experiências já existentes entre as organizações da sociedade civil com os amplos conhecimentos que as pessoas refugiadas têm em contribuir para o desenvolvimento das empresas no Brasil, fica evidente o potencial da articulação em rede entre as organizações e a iniciativa privada”, afirmou Paulo Sérgio Almeida, oficial de meios de vida e integração do ACNUR.

Recentemente o ACNUR publicou a pesquisa “Perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil”, realizada por oito universidades brasileiras que integram a Cátedra Sérgio Vieira de Mello. Dados da pesquisa revelam a existente discrepância entre a elevada formação educacional dos refugiados que residem no Brasil (34% dos entrevistados concluíram o Ensino Superior) e a dificuldade de encontrarem emprego (19,5% estão em busca de trabalho). Quase metade do total dos entrevistados apontou o acesso ao mercado de trabalho como o principal obstáculo em conseguir emprego.

“O ManpowerGroup atua no mundo inteiro sob a filosofia do Doing Well by Doing Good, totalmente alinhado aos ODS da ONU e outros pilares de sustentabilidade e desenvolvimento que levam em conta a importância da diversidade dentro das empresas. Em muitos dos países em que estamos presentes, já apoiamos a ampliação da empregabilidade dos refugiados que, comprovadamente, fazem a diferença dentro das companhias, levando para dentro delas as suas competências juntamente com a sua história e cultura. No Brasil, não há motivos para ser diferente. Esperamos poder contribuir não apenas para o desenvolvimento dessas pessoas, mas também na sensibilização das empresas para que compreendam o seu potencial de atuação e estejam prontas para recebê-los”, afirma Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas do ManpowerGroup.

O primeiro dia de oficina foi voltado para o compartilhamento das experiências entre as instituições participantes, possibilitando o esclarecimento de dúvidas e a troca de conhecimentos para que as oportunidades de trabalho sejam ampliadas e, quando propiciadas, possam ser efetivadas.

Pessoas refugiadas e representantes de diferentes organizações que lidam sobre a temática da empregabilidade de refugiadas estiveram juntos para discutir os desafios e as oportunidades existentes no tema. © ACNUR/Marília Correa

Já no segundo dia de trabalho as organizações presentes dialogaram diretamente com as demandas das próprias pessoas refugiadas. Em grupos, puderam discutir as principais oportunidades para a empregabilidade de pessoas refugiadas e listaram os possíveis desafios a serem enfrentados, como a necessária sensibilização das empresas, a revalidação de diplomas e ampliação da rede de contatos profissionais para a valorização dos resultados existentes.

De acordo com Fabio Siani, oficial do ACNUR para as Américas sobre o tema da integração local, além do papel que os refugiados empregados desempenham para as economias locais, pagando impostos, diversificando os investimentos e ampliando os ganhos das empresas, é preciso que outras empresas possam considerar a empregabilidade de refugiados em sua visão de longo prazo.

“Empresas contratam capacidades, não apenas uma pessoa. O problema é que as empresas não conhecem as capacidades das pessoas refugiadas já evidenciada em pesquisas e pela satisfação de outras iniciativas do setor privado que já deram esse passo”, disse Siani.

Participantes da oficina posam para foto de encerramento de mais um ciclo de trocas de experiências promovido pelo ACNUR e pela empresa ManpowerGroup, no WeWork, em São Paulo. Foto: Divulgaçao

Neste sentido, outra iniciativa do ACNUR, a plataforma Empresas com Refugiados, promove justamente o recorte de casos de sucesso de empregabilidade de refugiados em diferentes segmentos do setor privado. Disponibilizando um banco de boas práticas e compartilhando materiais de referência, informações e esclarecimentos de dúvidas sobre o tema, esta é mais uma ferramenta que consolida o que se torna mais evidente: os muitos benefícios de que a contratação de uma pessoa refugiada traz para dentro do mundo corporativo, em resultados efetivos e na melhora do ambiente de trabalho.