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ACNUR e parceiros pedem US$ 18,3 milhões para ajudar refugiados do Nilo Azul

Comunicados à imprensa

ACNUR e parceiros pedem US$ 18,3 milhões para ajudar refugiados do Nilo Azul

ACNUR e parceiros pedem US$ 18,3 milhões para ajudar refugiados do Nilo AzulACNUR e agências parceiras lançaram um apelo aos doadores para apoiar a ajuda aos refugiados que estão chegando ao oeste da Etiópia, fugindo da região do Nilo Azul, no Sudão.
27 Setembro 2011

GENEBRA, 29 de setembro de 2011 (ACNUR) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para refugiados e outras agências parceiras lançaram esta semana um apelo aos doadores para apoiar a ajuda aos refugiados que estão chegando ao oeste da Etiópia, fugindo da região do Nilo Azul, no Sudão.

Feito em conjunto feito pelo ACNUR, UNICEF, Programa Mundial de Alimentos e Organização Mundial para as Migrações, o apelo totaliza US$ 18,3 milhões e planeja alcançar 35 mil pessoas. Deste total, US$ 10 milhões são destinados a operações implementadas diretamente pea agência da ONU para refugiados.

Desde 3 de setembro, quando o fluxo de refugiados começou, cerca de 25 mil pessoas encontraram proteção na Etiópia. Com as hostilidades ainda em curso no “Nilo Azul”, o ACNUR avalia que os números continuarão crescendo. Novos bombardeios aéreos foram registrados esta semana.

Os refugiados entram na Etiópia principalmente através do ponto de fronteira Kurmuk. Eles contaram às equipes do ACNUR que fugiram dos combates em torno de Damazine, capital do “Nilo Azul”, e caminharam por quase uma semana.

Nos últimos dias, o ACNUR tem visto pessoas indo e voltando através da fronteira, mas o perfil da população está mudando: atualmente, a maioria dos que entram na Etiópia é formada por famílias carregando pertences domésticos e trazendo gado.

A maioria dos refugiados fica em comunidades locais ao redor de Kurmuk. Muitos dormem a céu aberto, sob crescente risco de doenças. Uma outra preocupação é a segurança dos refugiados em vilarejos próximos a Kurmuk, devido à proximidade da área com os locais onde os bombardeios do Sudão estão ocorrendo.

O ACNUR e a Administração Governamental para Refugiados e Assuntos de Repatriamento da Etiópia desejam transferir os refugiados para o campo de Sherkole, cerca de 50 quilômetros a sudeste, onde serviços básicos e mais proteção podem ser oferecidos.

Até agora, mais de 3 mil pessoas foram realocadas e espera-se que o ritmo dos deslocamentos aumente à medida que mais líderes de comunidades refugiadas pedem para ser realocados. A Organização Mundial para as Migrações está ajudando a transferir refugiados e seus pertences para Sherkole.

Com mais refugiados chegando, o governo etíope destinou terras para construir dois centros de trânsito próximos aos pontos de entrada na fronteira principal. O centro de trânsito Farmatsore acomodará 3 mil recém-chegados que entram na Etiópia pela fronteira Kurmuk; e o campo de trânsito Adimazin, próximo à fronteira Gizen, acomodará outras 5 mil pessoas. Em outro local, Tonga, outro campo também está sendo desenvolvido.