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ACNUR e Santos FC iniciam parceria em prol das pessoas refugiadas no Brasil

Comunicados à imprensa

ACNUR e Santos FC iniciam parceria em prol das pessoas refugiadas no Brasil

27 Janeiro 2020
Crianças refugiadas de diferentes nacionalidades visitaram a Vila Belmiro, estádio do Santos FC, pela primeira vez e já tiveram a oportunidade de entrarem em campo com os jogadores profissionais © ACNUR/Miguel Pachioni

A noite da última quinta-feira (23) marcou a estreia do Santos Futebol Clube no Campeonato Paulista de Futebol 2020. Também pela primeira vez, 10 crianças refugiadas da Síria, República Democrática do Congo e Palestina entraram em um campo de futebol oficial de futebol, mas este gesto não será único.

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Santos FC firmaram uma parceria que promoverá a efetiva integração de crianças refugiadas por meio do acesso gratuito às diferentes escolas de futebol "Meninos da Vila", espalhadas em 12 Estados e no Distrito Federal.

"Foi muito legal chegar no estádio, ver a torcida, vestir o uniforme do Santos e caminhar naquele campo tão grande. Eu queria mesmo era correr, mas tive que esperar pelos jogadores. Tenho muita vontade de correr e jogar futebol", disse o jovem Joe, de oito anos.

Esta característica de Joe, de ser um corredor nato, terá a chance de ser aperfeiçoada com a parceria estabelecida. Para além dos treinamentos, o acesso às escolas de futebol do Santos permitirá a ampliação das relações sociais entre crianças refugiadas e brasileiras, dividindo o mesmo campo e os mesmos sonhos.

"Quero sim ser um jogador de futebol, fazer muitos gols, ser abraçado por meus amigos e pela torcida. Garanto que vou me esforçar muito para aprender o futebol que os jogadores do Brasil sabem jogar", afirmou Bader, jovem palestino de sete anos.

Representante do ACNUR, Jose Egas, e o Presidente do Santos FC, José Carlos Peres, apresentam termo assinado durante o intervalo do jogo © ACNUR/Maria Beatriz Nogueira

Os pais das crianças refugiadas também estiveram na Vila Belmiro para acompanhar a ação. Das arquibancadas do estádio, ficaram emocionados com a entrada de seus filhos em campo e também pela possibilidade de os inscrever nas escolas de futebol do time santista.

"O ACNUR e o Santos estão de parabéns porque estamos promovendo os sonhos das crianças, de uma realização na vida delas, uma vida que não tem sido fácil. E importante esclarecer quem são as pessoas refugiadas e o quanto nós podemos somar com os brasileiros, pois temos objetivos em comum", concluiu a congolesa Prudence.

Além da inscrição gratuita de crianças refugiadas em escolas de futebol, a parceria implementará capacitações técnicas com os funcionários do Santos, campanhas conjuntas de comunicação e acesso de famílias refugiadas aos jogos do Santos, tornando o canto da torcida com diferentes sotaques.

Para Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil, a parceria “reflete uma oportunidade que faz com que eles se sintam que são bem recebidos, aceitos na sociedade brasileira por quem realmente somos, seres humanos. Refugiados são gente da gente”, afirmou.

 

Ao longo de 2020 os diferentes pontos acordados na parceria serão implementados e como resultado, muita alegria e comprometimento serão apresentados por aqueles que buscam uma oportunidade de recomeçar suas vidas com dignidade, em um ambiente de paz e promovedor de novas amizades. Dessa forma, o jogo em si já está ganho.