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ACNUR e Vagas realizam oficinas de autonomia financeira para pessoas refugiadas em três capitais brasileiras

Comunicados à imprensa

ACNUR e Vagas realizam oficinas de autonomia financeira para pessoas refugiadas em três capitais brasileiras

19 Dezembro 2022
Evento em Boa Vista (RR) foi realizado em 26 de outubro, com apoio da ADRA. © ACNUR/Divulgação
Brasília, 19 de dezembro de 2022 – Embora tenham os  mesmos direitos trabalhistas dos cidadãos brasileiros, as pessoas refugiadas enfrentam diversos desafios adicionais para conseguir um emprego formal no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pelo Banco Mundial mostra que a população refugiada e migrante venezuelana tem apenas um terço de chance de ser contratada no mercado formal de trabalho em comparação com profissionais brasileiros.

Diante desse cenário, o ACNUR e a empresa de recrutamento Vagas, membro do Fórum Empresas com Refugiados, realizaram workshops de empregabilidade entre outubro e dezembro deste ano. O objetivo era aumentar as chances de contratação e, assim, garantir autonomia financeira para pessoas refugiadas em diferentes regiões do país. Os encontros presenciais em Boa Vista (RR), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) reuniram 147 pessoas refugiadas e migrantes interessadas no tema, principalmente vindas da Venezuela e do Afeganistão.

Em cada cidade, foram realizadas três oficinas com apoio dos parceiros Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) e Ensino Social Profissionalizante (Espro).

Durante os encontros, o ACNUR apresentou um informativo sobre empregabilidade, com dicas práticas de como fazer um currículo, documentos obrigatórios para o processo de contratação, importância de manter os contatos atualizados e de ter um emprego formal, como estar preparado na hora da entrevista e como buscar emprego no Brasil. O material completo está disponível na Plataforma Help do ACNUR, voltada para atender as demandas da população que busca proteção internacional no país, com informações atualizadas e confiáveis.

“Foram momentos de muita troca e aprendizado. Acreditamos que esse material e esses workshops podem aumentar as chances de contratação no Brasil, ampliando a autossuficiência, qualidade de vida e garantindo mais acesso das pessoas refugiadas ao mercado formal de trabalho”, explica Vanessa Tarantini, Assessora de Meios de Vida do ACNUR.

Oficina em São Paulo foi realizada em 17 de novembro, com apoio da Caritas São Paulo. © ACNUR/Divulgação

Os workshops também demonstraram como cadastrar o currículo na plataforma Vagas.com, quais campos e informações são essenciais para conquistar uma vaga de emprego e como buscar oportunidades no site. Assim, os participantes colocaram a mão na massa, fizeram seus cadastros e aproveitaram para esclarecer dúvidas.

Uma das principais orientações foi para o candidato refugiado inserir #workshopvagaseacnur no campo de “Informações Complementares” no perfil do Vagas.com. Assim, as empresas que usam o software de recrutamento podem filtrar os currículos dessa população.

O Vagas.com conta com mais de 23 milhões de profissionais cadastrados e mais de 1 milhão de visitas diárias.

“Ficamos muito felizes com essa parceria com o ACNUR. Agora temos a continuação do trabalho, que é conversar com nossas empresas clientes, dando a visibilidade de que elas podem acessar facilmente os currículos das pessoas que realizaram os workshops. Afinal, o resultado que buscamos não é apenas ensinar essas pessoas refugiadas a criarem seus currículos, mas, acima de tudo, que elas consigam boas oportunidades de trabalho”, destaca Renan Batistela, especialista em Diversidade e Inclusão na Vagas.

Workshops em Porto Alegre ocorreram entre 6 e 7 de dezembro, com apoio do SJMR. © ACNUR/Divulgação

Na pesquisa realizada com os participantes, mais de 85% deram nota máxima de satisfação ao evento. Além disso, quase 99% responderam que é possível aplicar o conteúdo dos cursos no dia a dia. Entre os relatos, alguns destacaram que “essas oportunidades elevam as possibilidades de recolocação”, já outro disse: “gostei, aprendi muito e agora sei como me candidatar para conseguir trabalho”.