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ACNUR lamenta morte de Nelson Mandela

Comunicados à imprensa

ACNUR lamenta morte de Nelson Mandela

ACNUR lamenta morte de Nelson MandelaO Alto Comissariado da ONU para Refugiados divulgou nesta sexta-feira um comunicado lamentando a morte do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.
6 Dezembro 2013

Genebra, 06 de dezembro de 2013 (ACNUR) – O Alto Comissariado da ONU para Refugiados divulgou nesta sexta-feira um comunicado lamentando a morte do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, que trabalhou com o ACNUR na ajuda a refugiados. Reverenciado em todo o mundo, Mandela morreu ontem em sua casa em Johanesburgo, aos 95 anos de idade.

“É com grande tristeza que recebi as notícias sobre a morte de Nelson Mandela”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, no comunicado. “Sua sabedoria, generosidade e compaixão extraordinárias não apenas mantiveram a África do Sul unida após o colapso do apartheid, o que preveniu imensos deslocamentos humanos, como também fizeram dele um verdadeiro símbolo global para os oprimidos e perseguidos, e um exemplo para todos nós”.

Para Guterres, “a morte deste extraordinário defensor da paz nos dá um momento de reflexão”, num momento em que os conflitos mundiais forçam milhões de pessoas a deixar suas casas todos os anos. “Sua morte é a uma grande perda para todos”, afirmou o Alto Comissário.

Mandela e sua Fundação Nelson Mandela tiveram um papel fundamental em evitar a xenofobia e o racismo na África do Sul, tendo trabalhado diversas vezes em parceria com o ACNUR na assistência e proteção de refugiados.

Em 1991, a ex-Alta Comissária da ONU para Refugiadas Sadako Ogata encontrou Mandela quando chefiava uma delegação da ONU durante as negociações multilaterais que culminaram com a transição pacífica do regime do apartheid para a democracia, na África do Sul. O ACNUR abriu seu primeiro escritório na África do Sul, em Johanesburgo, em setembro de 1991, o que permitiu a agência a facilitar o retorno voluntário de refugiados sul-africanos e outros exilados entre 1991 e 1993.

Em 20 de junho de 1997, para marcar o Dia do Refugiado na África (data que é hoje celebrada anualmente como Dia Mundial do Refugiado), o presidente Mandela pediu a todos os países africanos que se unissem para prevenir o deslocamento forçado por meio de esforços que evitassem e acabassem com as guerras e conflitos no continente.

Em fevereiro de 2001, quando promovia negociações entre diferentes facções do conflito em Burundi, Nelson Mandela visitou refugiados deste país em um campo do ACNUR no oeste da Tanzânia, onde ele explicou aos refugiados o andamento das negociações e ouviu suas preocupações.

Em 2007, Mandela ajudou a criar um grupo independente de líderes globais, conhecido como “The Elders” (ou “Os Idosos”) e dedicou-se a promover a paz e os direitos humanos, buscando soluções para outros problemas globais. Outro link entre o ACNUR e Mandela é o fato de que ambos ganharam o prêmio Nobel da Paz.