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ACNUR lança página de iniciativas esportivas em prol das pessoas refugiadas no Brasil

Comunicados à imprensa

ACNUR lança página de iniciativas esportivas em prol das pessoas refugiadas no Brasil

8 Novembro 2022
Copa dos Refugiados e Migrantes é um dos projetos de esportes apoiados pelo ACNUR no Brasil, envolvendo a participação de pessoas refugiadas nos jogos e na organização do evento em diversas capitais. Foto: ACNUR/Gabo Morales.
São Paulo, 7 de novembro de 2022 (ACNUR) – A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lança hoje a página da organização dedicada a apresentar as diversas iniciativas esportivas realizadas pelo ACNUR e seus parceiros em favor da inclusão e integração de pessoas refugiadas no Brasil. O endereço www.acnur.org.br/esportes passa a estar online no site do ACNUR.

Seis iniciativas são listadas na página, abordando ações internacionais e projetos realizados especificamente no Brasil, tendo por base as estratégias de inclusão de pessoas refugiadas no universo dos esportes e a perspectiva de integração local de pessoas refugiadas por meio de atividades esportivas.

“Para as pessoas deslocadas de forma forçada, a prática de esporte é uma oportunidade de estar socialmente incluído, de se sentir protegido e pertencente a um grupo social, abrindo um caminho de aprendizados e valores. O ACNUR trabalha para utilizar todo o potencial das parcerias esportivas para apresentar a diversidade da população refugiada e reforçar mecanismos de combate à discriminação e à desinformação”, afirma Oscar Pineiro, Representante Interino do ACNUR Brasil.

Em destaque, o ACNUR lança também uma carta de intenções aos clubes de futebol no Brasil, já assinada por cinco importantes clubes do futebol brasileiro: Santos Futebol Clube, com quem o ACNUR tem ações conjuntas desde 2017 e uma parceria oficial desde 2020; Fundação Club Athletico Paranaense, onde ações de acesso de refugiados aos jogos do time tiveram início em 2018; o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, apoiador da Copa dos Refugiados no Rio Grande do Sul; e o Clube Atlético Mineiro, que no Dia Mundial do Refugiado realizou uma campanha pública em prol da acolhida de pessoas refugiadas em Minas Gerais. A carta está disponível online e está aberta para que outros clubes de futebol no Brasil, de qualquer divisão, também possam a assinar ao se mostrar solidários aos refugiados.

A página cobre ainda importantes ações esportivas que foram implementadas pelo ACNUR em cooperação com diversas instituições. Em parceria com os Comitês Olímpico e Paralímpico, o ACNUR contribuiu para formar o Time de Atletas Olímpicos Refugiados nos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020. Nos abrigos de Boa Vista (RR), o projeto Fútbol Sin Fronteras utiliza o esporte como ferramenta de proteção, integração e inclusão, propiciando que as crianças desenvolvam habilidades sociais e diálogos para a resolução pacífica de conflitos.

Outra iniciativa esportiva destacada na página se refere à Copa dos Refugiados e Migrantes. Idealizado por pessoas refugiadas por meio da organização África do Coração/PDMIG, com o apoio do ACNUR desde 2014, a Copa atingiu em 2022 número expressivos: foi realizada em seis capitais, envolvendo 76 seleções participantes e mais de 1500 atletas de 48 nacionalidades. De forma também inclusiva, a página de esportes do ACNUR também descreve o concurso internacional “Dream Ball” (Bola dos Sonhos), em que jovens refugiados de todo o mundo foram convidados a desenhar estampas e cinco artes foram impressas em bolas de futebol de um projeto social, dentre elas o desenho de Skarly, garota venezuelana de 13 anos que vive no Brasil.

A parceria do ACNUR com o Santos FC é um modelo de negócio bem desenhado pelo ACNUR e o clube. O termo de cooperação vigente inclui a participação de crianças refugiadas nas escolinhas de futebol “Meninos da Vila”; posts conjuntos de campanhas do ACNUR nas redes sociais do Santos FC sobre o tema dos refugiados; e o acesso de famílias refugiadas aos jogos do Santos, inclusive com as crianças entrando em campo com os jogadores e sendo protagonistas de ações sociais – como o lançamento do novo terceiro uniforme do time, em homenagem à Nigéria (relembrando o jogo do time no país em 1969, quando houve um cessar-fogo na Guerra de Biafra para que a partida fosse realizada).

Graças ao apoio de vários doadores – incluindo governos, empresas, instituições e indivíduos – o ACNUR consegue trabalhar em prol das pessoas refugiadas, que buscam recomeçar suas vidas no Brasil, bem como das comunidades que as acolhem. A página dedicada às iniciativas esportivas destaca uma parte do trabalho do ACNUR no marco da resposta humanitária, buscando a inclusão e integração das pessoas refugiadas e migrantes no país.

O ACNUR segue construindo oportunidades para o desenvolvimento de novos projetos no segmento esportivo, buscando ampliar as parcerias existentes e desenvolver novas ações que garantam a inclusão e a integração de pessoas refugiadas no Brasil. No universo dos esportes, são múltiplas as possibilidades de realização conjunta de planos e ações para o objetivo proposto.

Para mais informações e esclarecimento de dúvidas, pode-se contatar Miguel Pachioni, assessor de comunicação do ACNUR, pelos contatos (11) 98875-3256 / [email protected].