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ACNUR oferece assistência emergencial para refugiados da República Democrática do Congo em Angola

Comunicados à imprensa

ACNUR oferece assistência emergencial para refugiados da República Democrática do Congo em Angola

ACNUR oferece assistência emergencial para refugiados da República Democrática do Congo em AngolaAgricultor bem-sucedido é grato por escapar da violência da RDC, que resultou no deslocamento de mais de 20 mil pessoas. Entretanto, ele e sua família têm tido dificuldade para conseguir alimentos.
26 May 2017

DUNDO, Angola, 26 de maio de 2017 -  O chefe da aldeia Kazenzi Kamwenza não esperava que a violência na província de Kasai, na República Democrática do Congo, se espalhasse até a sua aldeia natal, em Kamako, a poucos quilômetros da fronteira angolana. O perigo iminente o forçou a reunir rapidamente os nove integrantes da sua família, levá-los para o sul, e então atravessar a fronteira.

"Eu esperava voltar para casa em algumas horas", conta. "Nossa vida, e tudo relacionado a ela, está lá, afinal de contas”.

Infelizmente, a expectativa de que eles logo pudessem voltar para casa diminuía à medida que se tornava cada vez mais claro que seria impossível fazer essa viagem. O centro de recepção em Moussunge, onde eles estão agora, está lotado, e o local é quente e árido. O centro é muitas vezes tomado pela fumaça das fogueiras que são acesas por outros refugiados para cozinhar.

Desde a sua chegada, Kamwenza tem tido dificuldades para alimentar a sua família regularmente.

"O que mais me abala é que deixei campos de mandioca em casa enquanto minha família passa fome aqui", diz.

Segundo todos os relatos, ele era um homem rico em sua aldeia. Ele tinha funcionários trabalhando nos seus campos de mandioca enquanto sua esposa administrava a mercearia da família. Com alguns dos rendimentos de seus campos, ele foi capaz de emprestar dinheiro para os colegas da aldeia, que lhe devolviam o crédito com juros.

"Ser reduzido a nada por um conflito que nos mantem reféns desde agosto do ano passado é uma um fato difícil de engolir", diz ele lamentando-se. "Se um homem não pode alimentar sua família então que tipo de homem ele é?"

Kamwenza e sua família estão entre os mais de 3.000 recém-chegados que entraram em Angola nos últimos dias. Mais de 20.000 refugiados congoleses têm procurado refúgio em Angola desde o início de abril, detalhou o ACNUR numa coletiva de imprensa na sexta-feira (12).