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ACNUR oferece mais segurança aos nigerianos que vivem à beira de lago no Chade

Comunicados à imprensa

ACNUR oferece mais segurança aos nigerianos que vivem à beira de lago no Chade

ACNUR oferece mais segurança aos nigerianos que vivem à beira de lago no ChadeRefugiados e comunidade anfitriã lutam para lidar com milhares de pessoas que atravessam a fronteira após os ataques do Boko Haram no nordeste da Nigéria.
17 Novembro 2016

BAGASOLA, Chade, 17 de novembro de 2016 – O refugiado nigeriano Haveli Oumar acordou ao som de tiros e com a visão de seu bairro em chamas quando o Boko Haram atacou Baga, sua cidade natal localizada no nordeste da Nigéria.

O pescador de 43 anos procurou desesperadamente os membros de sua família e descobriu que seu pai havia sido morto a tiros. Apesar de não ser capaz de reunir todos os filhos, Omar atravessou a fronteira e fugiu para o Chade em busca de segurança.

“Foi muito doloroso quando o Boko Haram atacou nossas casas”, disse. “Tivemos que fugir somente com as roupas que usávamos. Mais tarde, ouvi que 10 pessoas da minha família haviam sido mortas. Alguns dos que sobreviveram entre nós foram para Camarões e outros para o Chade, mas demorou cerca de um ano até que o contato fosse restabelecido com todos.

Mais de 5 mil nigerianos encontraram refúgio no acampamento de Dar es Salam, no lado chadiano do Lago Chade, depois de fugirem da terrível onda de violência de dezembro de 2014. Um total de 2,4 milhões de pessoas no nordeste da Nigéria, Camarões e Níger foram deslocados em razão da insurgência do Boko Haram. 

“Foi muito doloroso quando o Boko Haram atacou nossas casas”.

Milhares de famílias estão separadas e desconhecem o paradeiro de entes queridos. Oumar ficou aliviado ao se reunir com sua filha Miriam, de 18 anos, dois meses atrás. “Nunca pensei que iria vê-la novamente, mas aqui estamos todos juntos”, disse. “Ela está frequentando novamente a escola e todos estamos esperançosos em gradualmente ter de volta uma vida comum”.

Enquanto os exércitos chadianos em conjunto com uma força tarefa regional continuam a combater o Boko Haram nas províncias ao redor do lago, o ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, está se concentrando na proteção, abrigo e educação. Trata-se de expandir os programas de subsistência a fim de atender a um número maior de refugiados que se beneficiam da assistência para que retomem suas atividades econômicas e alcancem a autossuficiência.

Os programas de subsistência consistem em fornecer os meios para que os pescadores do lago retomem o trabalho. Até agora, os beneficiários receberam canoas, redes e equipamento básico de pesca.

O fluxo de refugiados se estabilizou desde o ano passado, mas a economia na área do lago foi dramaticamente afetada. O fechamento das fronteiras do lago com os outros três países da bacia – Nigéria, Camarões e Níger – retraiu a pesca, o pastoreio e a agricultura, e quase interrompeu o comércio regional. Estes são setores vitais para os arredores e para Bagasola, cidade chadiana na qual localiza-se o campo de Dar es Salam e na qual estão a maioria dos refugiados que escaparam em direção ao Chade para fugir da ameaça do Boko Haram na Nigéria.