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ACNUR parabeniza a decisão sobre o barco Aquarius, mas enfatiza a necessidade de uma abordagem mais previsível para o desembarque

Comunicados à imprensa

ACNUR parabeniza a decisão sobre o barco Aquarius, mas enfatiza a necessidade de uma abordagem mais previsível para o desembarque

16 Agosto 2018
O barco Aquarius chega em Malta. © ACNUR / ACNUR
Genebra, 15 de agosto de 2018 - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), parabeniza a decisão tomada ontem, pelo governo de Malta, de permitir o desembarque de 141 solicitantes de refúgio e migrantes resgatados no Mediterrâneo Central por um barco não-governamental, o Aquarius. Também elogiamos os países europeus que se disponibilizaram a oferecer realocação para passageiros resgatados após o desembarque. Isso demonstra os benefícios que podem ser obtidos a partir de uma abordagem colaborativa.

No entanto, a situação do Aquarius, em particular o impasse dos últimos dias, destaca novamente a necessidade de um procedimento regional no mediterrâneo que forneça clareza e previsibilidade sobre onde os barcos que transportam passageiros resgatados podem atracar. Isso é essencial para evitar futuras situações como esta.

“O ACNUR parabeniza o fim do impasse em torno da embarcação Aquarius e o fato de que 141 crianças, mulheres e homens não estão mais presos no mar”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “Mas a situação não deveria ter chegado neste ponto. É errado, perigoso e imoral manter barcos de resgate vagando pelo Mediterrâneo enquanto os governos competem entre quem vai assumir menos responsabilidade.”

Consistentemente, o ACNUR tem solicitado uma abordagem regional para lidar com o resgate e desembarque no Mediterrâneo, e formulou propostas em uma Nota Conceitual conjunta em 27 de junho, juntamente com a Organização Internacional para as Migrações, OIM.

“Há uma necessidade urgente de romper com os impasses e as abordagens barco-a-barco para decidir onde atracar os passageiros resgatados”, disse Grandi. “Somente com portos de segurança identificáveis, os capitões de navio se sentirão confiantes ao responder às solicitações de socorro, poderão desembarcar passageiros imediatamente e não se tornarão objeto de longas negociações”.

Enquanto isso, o ACNUR apela aos capitões de navio para que continuem seus esforços no resgate ao mar. Sem esta base fundamental, vidas serão perdidas. Embora o número de pessoas que atravessam o Mediterrâneo seja hoje muito menor do que nos últimos anos, as taxas de pessoas que morrem ou desaparecem continuam altas. Somente neste ano, mais de 1.500 pessoas se afogaram ou desapareceram no Mediterrâneo. Na rota do Mediterrâneo Central, em particular, a taxa de vidas perdidas triplicou, e agora é de uma morte para cada 17 pessoas que tentam atravessar, comparado a uma em 43 durante o mesmo período do ano passado.

 

Essa nota de imprensa está disponível em inglês aqui.

Para mais informações sobre este assunto, entre em contato:

Em Genebra, Charlie Yaxley, [email protected], +41 795 808 702

Em Genebra, William Spindler, [email protected], +41 22 739 8956

Em Roma, Carlotta Sami, [email protected], +39 06 802 123 16

Em Madrid, Maria Jesus Vega, [email protected], +34 670 661 263

Em Atenas, Leo Dobbs, [email protected], +30 694 866 8989

Em Trípoli, Paula Barrachina, [email protected], + 216 20 697 641