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ACNUR pede garantia de segurança para civis deslocados na Síria

Comunicados à imprensa

ACNUR pede garantia de segurança para civis deslocados na Síria

ACNUR pede garantia de segurança para civis deslocados na SíriaA mais importante Oficial de Proteção do ACNUR, visitou refugiados no campo de Za’atri, na Jordânia, e constatou que os civis são as principais vítimas do conflito na Síria.
4 Dezembro 2012

CAMPO DE ZA’ATRI, Jordânia, 4 de dezembro (ACNUR) – A mais importante Oficial de Proteção do ACNUR, visitou refugiados no campo de Za’atri, na Jordânia, e constatou que os civis são as principais vítimas do conflito na Síria.

Em sua segunda visita à região em menos de um mês, a Alta Comissária Assistente para Proteção, Erika Feller, encontrou-se com refugiados que chegaram recentemente à Jordânia. Muitos eram idosos e estavam traumatizados, entre eles uma senhora que passou por uma cirurgia cardíaca.

Feller disse que o conflito está afetando desproporcionalmente os civis – pelo menos 2,5 milhões – e apelou para que ambas as partes em combate garantam a segurança das pessoas que deixam suas casas em busca de locais mais seguros. Por causa da insegurança em algumas regiões de fronteira, as pessoas estão seguindo em direção a estados vizinhos especialmente perigosos.

Como Oficial de Proteção Sênior do ACNUR, Feller revisou a operação de acolhida no campo de Za’atri, que recebeu mais de 60 mil refugiados sírios desde que foi aberto, há quatro meses. Alguns dos refugiados se mudaram para comunidades locais, outros retornaram para a Síria. Za’atri abriga atualmente 32 mil refugiados.

“Os preparativos para o inverno foram implantados no campo, onde a temperatura durante a madrugada está abaixo de um grau Celsius,” disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards. As tendas foram reforçadas e isoladas contra o frio, incluindo alpendres para instalar aquecedores a gás. “Cerca de 30 mil cobertores térmicos foram distribuídos, além de roupas de inverno,” disse ele.

Um sistema de drenagem está sendo construído e uma camada de pedras foi espalhada pelo campo para canalizar água dos abrigos, prevenindo o acúmulo de lama e água. Além disso, mais de 1,3 mil abrigos pré-fabricados foram erguidos e outros 1,3 mil devem ser levantados no prazo de três semanas.

“Não são verídicos os relatos de crianças refugiadas que teriam morrido no campo por causa do frio,” afirmou o porta-voz do ACNUR. Segundo ele, desde 23 de novembro quatro crianças morreram por problemas de saúde não relacionados ao inverno. O diagnóstico médico atestou que duas delas tinham doenças congênitas – uma relacionada ao esôfago e outra ao coração. As duas outras crianças morreram em virtude de diarréia aguda.

Em toda a região no entorno da Síria, o número de refugiados do país registrados ou que aguardam registro é de 475.280. Desses, 138.889 estão na Jordânia, 133.895 no Líbano, 130.449 na Turquia, 60.307 no Iraque e 11.740 no norte da África.

Os governos da região estimam que há centenas de milhares de sírios que ainda não fizeram o pedido de registro. Mais pessoas devem tentar se registrar nos próximos meses com redução de recursos.