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ACNUR preocupado com a segurança de refugiados no Sudão do Sul

Comunicados à imprensa

ACNUR preocupado com a segurança de refugiados no Sudão do Sul

ACNUR preocupado com a segurança de refugiados no Sudão do SulOs embates recorrentes na região de fronteira do Lago Jau são preocupantes para a segurança dos refugiados sudaneses que ficam no assentamento Yida.
27 Março 2012

JUBA, Sudão do Sul, 27 de março de 2012(ACNUR) – A agência para refugiados da ONU disse na terça que os embates recorrentes na região de fronteira do Lago Jau são preocupantes para a segurança dos refugiados sudaneses que ficam no assentamento Yida.

“Nossa preocupação aumentou com confrontos relatados ontem (segunda-feira) entre os exércitos nacionais do Sudão e Sudão do Sul no Lago Jau e outras regiões fronteiriças”, disse a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, em Genebra.

Ela adicionou que o ACNUR tem estado em constante conversação com os líderes dos refugiados do assentamento de Yida, no Sudão do Sul, sobre “a necessidade urgente de realocação para evitar danos civis sob uma população que já convive com muitas tragédias”.

Ao lado de diversos parceiros, o ACNUR está provendo assistência básica a mais de 16.000 refugiados que se estabeleceram em Yida após fugir da violência nas Montanhas Nuba. O ACNUR também apoia famílias vulneráveis. Em fevereiro, realizou o registro completo da população assim como dados sobre nutrição e uma campanha de vacinação para crianças refugiadas.

O Programa Mundial de Alimentos distribui comida e está operando sem problemas. As ONGs Médecins Sans Frontières e CARE comandam serviços de saúde enquanto a Samaritan's e a Cruz Vermelha fornecem água limpa e sanitários.

“O ACNUR considera o assentamento para refugiados de Yida inseguro a longo prazo, por conta da proximidade com as voláteis zonas de fronteira”, disse Fleming, enquanto apontava que as autoridades do Sudão do Sul, a nível central e local, também incentivam os líderes refugiados a se realocarem.

Os líderes refugiados disseram que preferem ficar próximos de suas casas nas Montanhas Nuba. Também por estarem habituados com a região de Yida. Mas os riscos a segurança são altos.

“Não podemos ignorar o fato de que Yida está próxima a uma zona altamente militarizada com confrontos e bombardeios recorrentes. Yida em si sofreu ataques aéreos em novembro passado, forçando refugiados a fugir para o campo. Em dezembro, artilharias de Granada caíram próximas ao campo”, apontou Fleming. “Tememos que os confrontos futuros na fronteira custem a vida de refugiados”, completou.

Até hoje, aproximadamente 2.300 refugiados se realocaram em direção ao sul para locais mais seguros em Nyeel and Pariang. O ACNUR está suprindo com comida, água, abrigo, apoio sanitário e cuidados médicos.

Líderes refugiados concordaram em realocar crianças, reconhecendo suas necessidades de segurança e educação. Cerca de 1.500 estudantes de escolas secundárias se registraram para ter aulas em Pariang. Eles estão acompanhados de professores refugiados e auxiliares.

Cerca de 450 crianças locais e refugiadas estão frequentando a escola primária juntas em Nyeel, onde as autoridades providenciaram terras para cultivo. Sementes e ferramentas foram distribuídas entre as famílias refugiadas para plantações.

Ao mesmo tempo, no Estado do Sudão acima do Nilo, onde o fluxo de refugiados continua, realocação entre as fronteiras é uma questão rotineira. Aproximadamente 86.000 refugiados sudaneses fugindo dos ataques no estado de Blue Nile foram realocados para locais seguros como Doro and Jammam.

O ACNUR conduz missões de monitoramento e as coordena com as autoridades locais para buscar e realocar recém-chegados aos assentamentos, onde assistência humanitária é oferecida.

No total, mais de 105.000 refugiados sudaneses do sul de Kordofan e Blue Nile possuem asilo no Sudão do Sul. Outros 30.000 refugiados fugiram do Blue Nile para a Etiópia.