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ACNUR presta assistência à milhares de deslocados internos no Paquistão

Comunicados à imprensa

ACNUR presta assistência à milhares de deslocados internos no Paquistão

ACNUR presta assistência à milhares de deslocados internos no PaquistãoACNUR está prestando assistência a milhares de pessoas no Paquistão que fugiram de confrontos nas áreas de territórios tribais do país que fazem fronteira com o Afeganistão.
30 Março 2012

PESHAWAR, Paquistão, 30 de março de 2012 (ACNUR) – O ACNUR, em conjunto com outras agências da ONU, está prestando assistência a milhares de pessoas no Paquistão que fugiram de confrontos nas áreas de territórios tribais do país que fazem fronteira com o Afeganistão.

Aproximadamente 100 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, foram deslocadas desde janeiro deste ano, quando tropas do governo paquistanês iniciaram operações contra grupos insurgentes na região de Khyber.

A intensidade dos confrontos aumentou o deslocamento de famílias que deixam a área. No dia 17 de março, uma nova onda de deslocamentos internos se aproximou do campo Jalozai, onde o ACNUR registra os deslocados e fornece itens básicos de ajuda humanitária.

Parceiro do ACNUR, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU é responsável por proporcionar ajuda alimentar. O campo de Jalozai se localiza próximo à cidade de Peshawar, na província de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira noroeste do país com o Afeganistão.

Na última quarta-feira, o ACNUR registrou 1.721 famílias (cerca de sete mil pessoas). A grande maioria optou por viver fora do campo, com famílias que os hospedam. Somente 515 dos sete mil novos deslocados escolheram viver no campo Jalozai. Todos os registrados recebem um pacote com itens de ajuda com cobertores, sabonetes e colchões, um kit de higiene do UNICEF e um mês de suprimento alimentar.

O representante do ACNUR no Paquistão, Neil Wright, visitou Jalozai na semana passada e conheceu os recém-chegados no campo. Entre eles estava Mir Afzal, que havia chegado a Peshawar com sua família no dia anterior.

Afzal disse que os oficiais militares fizeram, recentemente, um anúncio na mesquita de sua vila dizendo que os residentes deveriam temporariamente deixar a área. "No interior de nossas comunidades, todos sabem qual a situação e onde devemos buscar ajuda", disse ele.

Desde o último movimento de famílias deslocadas no começo do mês, o ACNUR registrou 45 mil pessoas originárias de Khyber. Aproximadamente 15 mil se mudaram para o campo de Jalozai com amigos e parentes. O número de pessoas vivendo em Jalozai agora chega a 62.818 pessoas, das quais 47.134 já viviam no campo antes do dia 17 de março.

Após visitar novos assentamentos no campo, Wright disse que ficou impressionado com a resposta inicial. “Em menos de duas semanas, milhares de tendas foram erguidas, alimentos entregues e caminhões chegam com ajuda humanitária para ser distribuída”, afirmou. “O governo, a ONU e ONGs estão trabalhando para ajudar aqueles que tiveram que deixar suas casas e pertences para trás”.

Os recém-chegados contaram que deixaram suas casas por conta da proximidade com zonas de confronto e devido às instruções das autoridades para evacuar a área. No local são identificadas famílias vulneráveis, além de indivíduos e pessoas com necessidades especiais. Famílias chefiadas por mulheres, por exemplo, são priorizadas no processo de registro, alocação em tendas e no fornecimento de assistência humanitária.

Em média, funcionários de campo do ACNUR registraram por dia aproximadamente 2 mil famílias, desde o grande fluxo de chegadas no dia 17 de março.

Por Tim Irwin em Peshawar, Paquistão