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Agonia vivida em Alepo acompanha refugiados sírios em outros países

Comunicados à imprensa

Agonia vivida em Alepo acompanha refugiados sírios em outros países

Agonia vivida em Alepo acompanha refugiados sírios em outros paísesApesar de ter encontrado segurança no Líbano, Alaa continua sendo assombrada pela dor indescritível de uma perda e as tragédias em sua cidade natal, Alepo.
28 Novembro 2016

BEIRUTE, Líbano, 28 de novembro de 2016 (ACNUR) – Era uma noite de quinta-feira do mês passado, quatro anos desde que Alaa* e sua família buscaram refúgio no Líbano. O noticiário Aleppo Today estava passando na televisão ao fundo, e a voz do âncora do programa listava as perdas do dia. Quando o telefone tocou, Alaa estremeceu. “É de Alepo”, ela disse.  

No outro extremo da linha, sua irmã Samar deu a terrível notícia: o sobrinho de Alaa de 16 anos, filho de Samar, havia sido morto por uma explosão enquanto voltava da escola.

“Eu senti que meu coração estava prestes a parar de bater. Lágrimas brotaram de meus olhos, mas Samar estava estranhamente calma. Não sei ao certo onde ela encontrou forças. Ela disse que preferia morrer como heroína em Alepo do que deixar o único lugar que ela pode chamar de lar”, disse Alaa.

O Líbano acolhe mais de um milhão de refugiados sírios e, apesar deles estarem longe da guerra em sua cidade natal, a vida na Síria continua os assombrar.

“Ela disse que preferia morrer como heroína em Alepo do que deixar o único lugar que ela pode chamar de lar”.

Nos mais de quatro anos que passou como refugiada no Líbano, Alaa, de 39 anos, cresceu lamentavelmente acostumada com a agonia das pessoas amadas que permaneceram em Alepo.

Desde que chegou ao Líbano, em 2012, com seu marido e quatro filho, ela perdeu 14 parentes na Síria. Treze deles, incluindo duas de suas irmãs e seus filhos, foram mortos no conflito brutal, enquanto sua mãe morreu “por pura dor”, disse. Sua irmã Samar é a única que ainda permanece na cidade.

A experiência angustiante de Alaa evidencia o alto número de vítimas do conflito brutal na Síria, que se estende por seis anos. Ela também revela como o horror que se desenrola atualmente em Alepo vai muito além da cidade, afetando até mesmo aqueles que encontraram relativa segurança no exílio.