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Ajuda do ACNUR chega à cidade Síria que estava inacessível há três anos

Comunicados à imprensa

Ajuda do ACNUR chega à cidade Síria que estava inacessível há três anos

Ajuda do ACNUR chega à cidade Síria que estava inacessível há três anosTrabalhando em parceria com a organização Crescente Vermelho, o ACNUR entregou ajuda humanitária crucial a uma cidade rural perto de Damasco.
3 Fevereiro 2016

DAMASCO, Síria, 02 de fevereiro (ACNUR) - Trabalhando em parceria com a organização Crescente Vermelho (SARC, sigla em inglês), o ACNUR entregou ajuda humanitária crucial a uma cidade rural perto de Damasco, que teve as mesmas suspensas por três anos devido aos combates, deixando milhares de residentes em condições terríveis, sem água limpa ou combustível para aquecedores.

Cerca de 26.000 pessoas vivem atualmente em Al-Mleiha, uma pequena cidade localizada na periferia leste de Damasco, ao longo de uma estrada estratégica que leva ao aeroporto da capital. Grande parte da cidade tem estado isolada devido aos combates prolongados durante os últimos três anos.

A última ajuda humanitária entregue pela ONU em torno da cidade foi no início de 2013. No entanto, ocasionais entregas de suprimentos comerciais, alimentos e outras mercadorias foram autorizadas de maneira limitada para estas áreas, ao leste da cidade.

No domingo passado, um comboio do SARC entregou ajuda de itens não alimentares para mais de 1.300 pessoas que vivem na região ao redor de Al-Mleiha, além dos pacotes de alimentos fornecidos por outras agências humanitárias. Voluntários relataram as condições de vida terríveis dentro os locais acessados, onde as famílias viviam em casas destruídas, queimando plástico para se manterem aquecidas.

"As pessoas estavam pedindo mais lonas e cobertores, pois eles não têm outros meios para aquecer suas casas. Muitas casas foram destruídas e muitas famílias estão compartilhando residências com parentes e vizinhos. Eles nos contaram que queimavam lixo como forma de se aquecerem", disse um voluntário.

O SARC também informou que a rede de água potável local havia sido danificada pelos combates, deixando "as pessoas dependendo de poços cavados à mão, extraindo água nem sempre limpa". O voluntário acrescentou que o sistema de esgoto da cidade está "completamente danificado devido aos combates e pela falta de manutenção."

Cerca de 50.000 pessoas viviam em Al-Mleiha antes da atual crise, embora muitos ainda tenham procurado segurança em cidades e aldeias vizinhas. Atualmente, existem apenas cerca de 26.000 mil pessoas vivendo na cidade e destes 10.000 são deslocados internos, de acordo com relatórios das Nações Unidas.

As pessoas que residem nas ‘zonas tampão’, onde chegaram o comboio de ajuda, estão vivendo principalmente em fazendas, onde falta infra-estrutura básica. Duas das três escolas da região foram destruídas, e a terceira não está funcionando, de acordo com SARC.

A assistência do ACNUR para Al-Mleiha inclui kits de higiene, lonas, colchões, kits de cozinha e cobertores, juntamente com pacotes de alimentos fornecidos pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

“Esses itens são cruciais para os moradores de Al-Mleiha porque os ajuda a reforçar seus abrigos e proporciona condições para se manter aquecidos nesta estação fria”, disse o Oficial de Campo Sênior do ACNUR, Pablo Vizcaino.

A distribuição de ajuda humanitária aos residentes locais continuará periodicamente, de acordo com o SARC. O ACNUR, enquanto isso, continua empenhado em prestar ajuda humanitária a todos os necessitados na Síria, onde o conflito já ocorre há cinco anos.

"O ACNUR está comprometido em fornecer assistência humanitária a todas as pessoas necessitadas em toda a Síria", disse o representante do ACNUR na Síria, Sajjad Malik. O acesso recente à Al-Mleiha "aumenta as esperanças para futuras entregas regulares de assistência humanitária às pessoas vulneráveis em Al-Mleiha e outros e locais de difícil acesso".

À medida que a crise na Síria se aproxima do seu sexto ano, aproximadamente 4,5 milhões de pessoas no país ainda vivem em áreas de difícil acesso, incluindo cerca de 400.000 pessoas em 15 locais sitiados que não têm acesso à ajuda humanitária da qual necessitam desesperadamente.

Em 2015, o ACNUR propiciou a 3.213.275 pessoas itens humanitários que incluem cobertores, roupas de inverno, enlatados, utensílios domésticos, fraldas, entre outros.

Por Qusai Alazroni em Damasco, Síria