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Alto Comissário assina acordo para refugiados no sudeste asiático

Comunicados à imprensa

Alto Comissário assina acordo para refugiados no sudeste asiático

Alto Comissário assina acordo para refugiados no sudeste asiáticoO Alto Comissário firmou acordo estabelecendo que os refugiados de Myanmar que estão na Tailândia devem voltar para casa apenas voluntariamente, em segurança e com dignidade.
13 Julho 2012

BANCOC, Tailândia, 13 de julho (ACNUR) – Em viagem de cinco dias pelo sudeste asiático, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, firmou acordo estabelecendo que os refugiados de Myanmar que estão na Tailândia devem voltar para casa apenas voluntariamente, em segurança e com dignidade. Eles também devem ter assegurada sua capacidade de permancer na região.

"Não queremos que os refugiados de hoje tornem-se os imigrantes irregulares de amanhã", disse Guterres.  

Em reunião com o primeiro-ministro tailandês, Yingluck Shinawatra, Guterres agradeceu a Tailândia pela generosidade em acolher dezenas de milhares de refugiados de Mianmar por mais de duas décadas. Ambos concordaram que o retorno deve ser voluntário e no momento em que os refugiados optarem por fazê-lo.

Anteriormente, em Mianmar, Guterres disse ao presidente Thein Sein que o ACNUR apoia a construção da paz no sudeste do país (região dos refugiados que foram para a Tailândia) por meio de assistência aos deslocados.

"Estamos prontos para ajudar a prepará-los para o retorno, que deve ser voluntário e realizado com segurança e dignidade, tanto para as pessoas deslocadas dentro do país quanto para as que estão nos nove campos de refugiados na Tailândia", disse o Alto Comissário ao presidente.

Tanto em Mianmar quanto na reunião em Bancoc, com o secretário-geral do Conselho Nacional de Segurança da Tailândia, Wichean Potephosree, houve amplo acordo sobre a necessidade de o retorno dos mais de 150 mil refugiados, que hoje vivem em nove campos na Tailândia, seja feito de forma sustentável.

Todos concordaram em trabalhar juntos para criar condições econômicas, sociais e de segurança para fazer com que o retorno seja bem sucedido, além de assegurar que os refugiados tenham autonomia fincanceira na volta para casa. "Não é do interesse de ninguém que ele voltem e tenham que sair de novo ou deslocarem-se no seu próprio país", disse o Alto Comissário.

Apesar de os distúrbios recentes entre comunidades no estado de Rakhine, no oeste de Mianmar, terem sido desencorajadores, o ACNUR esteve na região e continuará oferecendo ajuda humanitária para os deslocados.

"Acreditamos na reconciliação das comunidades de Rakhine e esperamos que a situação se estabilize por meio da aplicação das leis vigentes e de uma abordagem baseada nos direitos humanos", afirmou Guterres.

O Alto Comissário manifestou ainda sua preocupação com a situação dos 800 mil apátridas muçulmanos do norte do estado de Rakhine.

Guterres disse ao presidente Thein Sein e ao governo de Mianmar que, independentemente de possíveis avanços na legislação do país, ele espera que os integrantes da comunidade muçulmana tenham garantido o acesso a nacionalidade, como previsto pela legislação atual.

"Os demais refugiados devem ter um estatuto jurídico que lhes garanta acesso pleno aos direitos básicos para levar uma vida normal no país", acrescentou o Alto Comissário.

No último fim de semana, o Alto Comissário esteve na Etiópia para a Cúplula da União Africana. Nesta segunda-feira, esteve em campo para verificar as condições dos refugiados sudaneses originários do estado do Nilo Azul.

Por Kitty McKinsey, em Bancoc, Tailândia