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Alto Comissário do ACNUR elogia o papel do Chade no acolhimento de sudaneses; mais ajuda é necessária com urgência

Comunicados à imprensa

Alto Comissário do ACNUR elogia o papel do Chade no acolhimento de sudaneses; mais ajuda é necessária com urgência

11 Setembro 2023

O Chade precisa urgentemente de mais apoio internacional para lidar com o aumento do número de refugiados que chegam do Sudão, país devastado pela guerra, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi. 

Durante uma visita de quatro dias ao Chade, ao lado da diretora administrativa de operações do Banco Mundial, Anna Bjerde, Grandi testemunhou a terrível situação humanitária que se desenrola no local e pediu maior esforço internacional para atender às necessidades urgentes e de longo prazo das pessoas deslocadas e de seus anfitriões. 

"Fui inspirado pela generosidade e solidariedade do povo do Chade e pelos esforços incansáveis de seu governo para acolher as pessoas refugiadas. A comunidade internacional, incluindo os agentes de desenvolvimento, deve redobrar seu compromisso em ajudá-los", afirmou Grandi. 

Em pouco mais de quatro meses, o conflito no vizinho Sudão forçou um número impressionante de pessoas a atravessar para o Chade em busca de segurança. Até 6 de setembro, mais de 400.000 refugiados haviam chegado às províncias de Ouaddaï, Sila e Wadi Fira. É preocupante o fato de que 86% desses refugiados são mulheres e crianças, o que ressalta a natureza crítica da situação e as necessidades específicas. 

Pessoas refugiadas, marcadas pelo trauma de suas jornadas perigosas, estão chegando em condições desesperadoras, principalmente na cidade fronteiriça de Adre, que abriga mais de 150.000 refugiados em um assentamento espontâneo, enquanto outros 75.000 refugiados foram transferidos de Adre para dois assentamentos de refugiados recém-construídos. 

Embora os parceiros humanitários tenham feito esforços consideráveis para garantir o acesso a serviços básicos, como saúde, água, saneamento e alimentos, a região já abriga cerca de 400.000 refugiados de Darfur. O novo fluxo está pressionando os recursos e as comunidades já sobrecarregados, e os níveis atuais de financiamento são insuficientes para atender às necessidades emergenciais e de desenvolvimento de longo prazo da população refugiada e de seus anfitriões. 

"Esses refugiados e as generosas comunidades que os acolhem não podem se dar ao luxo de esperar que a crise termine para receber a atenção e o apoio do mundo. Devemos continuar a reforçar urgentemente a resposta humanitária hoje, enquanto construímos as bases para um forte desenvolvimento socioeconômico no futuro", disse Grandi. 

Desde o início do fluxo, o ACNUR e seus parceiros realocaram cerca de metade dos refugiados recém-chegados em locais seguros e adequados para acomodação. No entanto, cerca de 170.000 pessoas em Adre e em outras zonas de fronteira, juntamente com os recém-chegados todos os dias, ainda estão aguardando realocação urgente, dependendo da disponibilidade de recursos. 

Mais de 5,2 milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito no Sudão, incluindo mais de 400.000 refugiados no Chade - o maior anfitrião. No entanto, até o momento, apenas cerca de US$ 207,3 milhões foram recebidos, em comparação com as necessidades totais de US$ 1 bilhão para a resposta regional às pessoas refugiadas. 

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