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Angelina Jolie diz que o respeito pelos direitos humanos é fundamental para a paz na Síria

Comunicados à imprensa

Angelina Jolie diz que o respeito pelos direitos humanos é fundamental para a paz na Síria

31 Janeiro 2018
A Enviada Especial do ACNUR, Angelina Jolie, conversa com crianças sírias no campo de Zaatari, na Jordânia. © ACNUR/Ivor Prickett
CAMPO DE REFUGIADOS DE ZAATARI, Jordânia, 05 de fevereiro de 2018 -  A Enviada Especial do ACNUR, Angelina Jolie, disse no último mês que qualquer solução para o longo conflito da Síria deve respeitar os direitos humanos e a dignidade de todos os sírios, incluindo os milhões de refugiados que vivem em países vizinhos.

Quase sete anos desde o início do conflito, mais de 6 milhões de pessoas continuam deslocadas dentro da Síria e outros 5,48 milhões em outros países da região, criando a maior crise de refugiados desde o fim da segunda guerra mundial.

Em sua quinta visita à Jordânia desde o início da crise, Jolie visitou as famílias que moravam no campo de Zaatari, o maior assentamento de refugiados no Oriente Médio e lar de mais de 80 mil sírios.

"Nunca devemos esquecer que a guerra começou com as demandas dos sírios por mais direitos humanos", disse ela em uma coletiva de imprensa no acampamento. "A paz no país deve ser construída a partir disso".

"Não pode ser construída a partir da impunidade pela morte de civis em todos os lados do conflito, pelo bombardeio de escolas e hospitais, tortura, armas químicas e estupros usados ​​como arma de guerra", acrescentou.

"Então, essa é a minha mensagem para a comunidade internacional hoje: sim, claro, por favor, façam mais para ajudar a atender às necessidades das famílias sírias refugiadas e dos países que as hospedam. Mas, acima de tudo, forneçam a liderança e a força necessárias para negociar um fim, baseado em princípios, para esta guerra sem sentido - sem sacrificar a dignidade e os direitos humanos das famílias sírias. Isso não é negociável".

Antes da coletiva, a Enviada Especial do ACNUR encontrou com Abu Suhaib, 40 anos, pai de seis crianças, que em 2013 foi para a Jordânia vindo da província de Dara'a, no sul da Síria. Ele disse que o derramamento de sangue o deixou indefeso e disse tudo ele queria era que sua família vivesse em paz.

"Tudo o que quero é viver com eles em algum lugar onde eles possam estudar, se tornar engenheiros ou médicos e servir o país que os abriga com toda honra e lealdade", disse ele. "Por tudo que vimos, é difícil esperar que a Síria volte a ser do jeito que era antes".

Acompanhando a Enviada Especial, Angelina Jolie, estavam duas de suas filhas - Zahara, de 13 anos e Shiloh, de 11 anos - que conheceram um grupo de jovens meninas sírias em um centro comunitário do ACNUR no campo. As meninas são parte de uma iniciativa de aprendizagem pós-escolar e descreveram a educação como a maior fonte de esperança para o futuro.

"Minhas filhas Zahara e Shiloh pediram para vir comigo hoje", disse Angelina. "Elas passaram o tempo conversando e brincando com crianças da sua idade que foram forçadas a sair de suas casas, cujos familiares foram mortos ou estão desaparecidos, e que estão lutando com traumas e doenças, mas que no final do dia são apenas crianças, com as mesmas esperanças e direitos que crianças em qualquer outra nação ".

Após quase sete anos de guerra, a maioria dos refugiados sírios esgotaram as economias que possuíam e vivem agora abaixo da linha de pobreza, sobrevivendo com menos de 3 dólares por dia.

Isso resultou em dificuldades crescentes para os refugiados, disse a Enviada Especial, deixando muitas famílias sem alimento suficiente, um número crescente de jovens vulneráveis ​​ao casamento precoce e muitos sírios enfrentando mais um inverno sem abrigo adequado.

"O ACNUR não tem os fundos necessários para atender completamente as necessidades mais básicas de sobrevivência para muitas famílias", disse Jolie. "No ano passado, a resposta do ACNUR para a crise da Síria teve apenas 50% do financiamento. Até agora este ano, o financiamento está em apenas 7% ".

"Realmente, não há nada mais devastador para a equipe do ACNUR do que não poder dar às pessoas a ajuda e o apoio que eles precisam e merecem".