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António Guterres, Alto Comissário para os Refugiados, recebe o Prêmio Gulbenkian

Comunicados à imprensa

António Guterres, Alto Comissário para os Refugiados, recebe o Prêmio Gulbenkian

António Guterres, Alto Comissário para os Refugiados, recebe o Prêmio GulbenkianO Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, juntamente...
21 Julho 2009

LISBOA, Portugal, 21 de julho (ACNUR) – O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, juntamente com um grupo de promoção da paz formado por palestinos e israelenses, receberam o prêmio internacional Calouste Gulbenkian.

A premiação foi oferecida a Guterres e aos representantes do PRIME (Instituto de Pesquisa da Paz no Oriente Médio) em uma cerimônia que aconteceu na noite de segunda-feira em Lisboa. Também faz parte do prêmio a quantia de 100 mil euros a serem divididos pelo Alto Comissário e pelo instituto PRIME.

O Prêmio Gulbenkian é concedido a pessoas ou instituições cujas ideias ou ações contribuem de forma decisiva e significativa para a compreensão, a defesa e divulgação dos valores humanos universais.

O Prêmio foi criado em 2007 pela conceituada Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa. Gulbenkian, turco de origem armênia, foi um pioneiro da indústria petrolífera, colecionador de objetos de arte, diplomata e filantropo. Gulbenkian nasceu em Istambul em 1869 e viveu em Portugal até a sua morte em 1955.

O corpo de jurados composto por seis membros comandados pelo ex-presidente português Jorge Sampaio parabenizaram Guterres e os membros do instituto palestino PRIME pelo trabalho em prol da promoção e do respeito aos direitos humanos, diálogos interculturais, interétnicos e inter-religiosos.

O Alto Comissário dedicou a metade do prêmio aos trabalhadores humanitários que perderam suas vidas enquanto ajudavam outros ao redor do mundo. Nos últimos seis meses, três membros do ACNUR foram mortos no Paquistão. A defensora dos direitos humanos, Natalia Estemirova, que trabalhou em parceria com o ACNUR pela organização Memorial, foi assassinada na Chechênia na semana passada. 

“O prêmio é um enorme incentivo em tempos tão difíceis”, disse Guterres.A organização não-governamental PRIME reúne pesquisadores palestinos e israelenses e trabalha em prol da coexistência mútua e da construção da paz por meio de pesquisas e atividades conjuntas.

Enquanto isso, o ACNUR recebia a medalha Francisco de Vitória em uma cerimônia em Vitória-Gasteiz, no norte da Espanha. Judith Jumin, diretora do escritório do ACNUR para a Europa, recebeu a medalha, que será exposta na sede do ACNUR em Genebra.

O ACNUR é a segunda instituição a receber a premiação anual, dada pelo município de Vitória-Gasteiz e pela Universidade do País Basco. A primeira instituição agraciada com o prêmio foi a Corte Internacional de Justiça, o principal órgão judicial das Nações Unidas. A premiação é concedida a pessoas ou instituições que se destacam pelo compromisso com os direitos humanos e pela compreensão internacional.  

O filósofo, teólogo e jurista espanhol Francisco de Vitória foi um católico romano que viveu no século 16. Fundou a tradição filosófica conhecida como Escola de Salamanca. Ele é tido como um dos fundadores do Direito Internacional.