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Apatridia: Turcomenistão adere ao registro de nascimento universal

Comunicados à imprensa

Apatridia: Turcomenistão adere ao registro de nascimento universal

14 Agosto 2020
Uma mulher segura seu filho em Ashgabat, no Turcomenistao, em 2006. Mães no país podem agora passar sua nacionalidade para seus filhos © UNICEF/Giacomo Pirozzi
Genebra, 14 de agosto de 2020 - A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), dá as boas-vindas a uma nova lei no Turcomenistão que ajudará a garantir que todas as crianças nascidas no país tenham seus nascimentos registrados. A Lei de Atos do Estado Civil, que entrou em vigor em julho, ajudará a prevenir novos casos de apatridia (falta de nacionalidade) para crianças nascidas de pessoas sem documentos ou com nacionalidade indeterminada. 

A nova lei é a mais recente de uma série de desenvolvimentos significativos realizados pelo Turcomenistão para prevenir e reduzir a apatridia no país, incluindo a adoção de um ambicioso Plano de Ação Nacional para Acabar com a Apatridia (2019-2024) que foi formalmente aprovado pelo Presidente do Turcomenistão em janeiro do ano passado. 

Nos últimos 15 anos, cerca de 23 mil refugiados e apátridas receberam a nacionalidade turquemena. Isso inclui cerca de 10 mil apátridas que foram naturalizados desde a adesão do país em 2011 à Convenção de 1954 relativa ao Estatuto dos Apátridas. 

“Aplaudimos o progresso feito pelo Turcomenistão em honrar seu compromisso de combater a apatridia. Isso segue uma série de avanços que estão sendo feitos na região para resolver este problema”, disse Yasuko Oda, Representante do ACNUR para a Ásia Central. 

No ano passado, a República do Quirguistão se tornou o primeiro país do mundo a encerrar todos os casos conhecidos de apatridia em seu território, o Cazaquistão também alterou sua legislação para garantir o registro universal de nascimento e o Tajiquistão promulgou uma Lei de Anistia especial com prazo determinado para apátridas e cidadãos estrangeiros para que eles possam regularizar seu status. 

Em abril deste ano, o Uzbequistão também promulgou uma nova lei de cidadania que ajudará a conferir cidadania a cerca de 50 mil apátridas. 

“Como parte de sua campanha global #EuExisto (#IBelong, em inglês) para acabar com a apatridia até 2024, o ACNUR tem trabalhado em estreita colaboração com governos e parceiros em toda a região para prevenir e responder à apatridia”, disse Oda. 

“Como resultado dos esforços conjuntos dos governos, do ACNUR e da sociedade civil, cerca de 79 mil apátridas na Ásia Central adquiriram a nacionalidade desde 2014. Cerca de 117 mil pessoas ainda são conhecidas como apátridas em toda a região, mas estima-se que o número real é mais alto.”