Arte e ativismo: Venezuelanas e brasileiras grafitam muro pelo fim da violência de gênero
Arte e ativismo: Venezuelanas e brasileiras grafitam muro pelo fim da violência de gênero
BOA VISTA, 08 de dezembro de 2017 – Unidas pelo propósito de pedir o fim da violência de gênero, no contexto da campanha mundial da ONU 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, venezuelanas e brasileiras grafitaram belas imagens e mensagens de empoderamento em um muro próximo ao abrigo Tancredo Neves, em Boa Vista (Roraima), onde atualmente vivem cerca de 500 cidadãos e cidadãs venezuelanas que vieram ao Brasil em busca de proteção.
Antes de iniciar a grafitagem, moradoras do Tancredo Neves se juntaram a moradoras do bairro do Caimbé, vizinho ao abrigo, para discutir direitos femininos e questões relacionadas à violência contra a mulher. A pintura do muro teve o apoio da SETRABES (Secretaria de Estado do trabalho e Bem-Estar Social de Roraima), e a ação faz parte de uma iniciativa conjunta em Roraima entre ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e OIM (Organização Internacional para as Migrações).
O resultado desta mistura de cores e empoderamento feminino é uma arte cheia de beleza e contrastes. Quem passar em frente ao Estádio Ribeirão, entre os bairros Caimbé e Tancredo Neves, não deixará de notar a mudança: onde antes havia um muro cinza e sem vida agora existe um colorido e vibrante mural.
O tema escolhido para a pintura foi “A violência contra a mulher não tem fronteira”. Após um dia de conversas e troca de experiências, era hora de colocar a mão na massa. Orientadas pelas artistas Deborah Erê, Laís Marta e Nadja Kristina, as mulheres se revezaram na escada para grafitar sua contribuição ao mural, cedido pelo Desporto de Roraima/Núcleo de Desporto Comunitário Roraima.