Barco de resgate percorre as águas do Mediterrâneo

A BORDO DA EMBARCAÇÃO PHOENIX, 02 de fevereiro de 2017 - Foi uma manhã calma a bordo do navio de resgate Phoenix, na costa da Líbia. O sol tinha despontado e peixes-voadores acompanharam o barco enquanto patrulhava em águas internacionais do Mar Mediterrâneo.

A maré de dois metros indicava que poucos barcos desafiariam as condições e a tripulação acreditava que havia pouca probabilidade de uma operação de resgate.

De repente, um bote foi avistado e a tripulação entrou em ação. Ondas dessa magnitude tornam difícil ver os barcos pequenos que estão na água, como os botes.

“Eles tiveram muita, muita sorte por terem sido vistos”, disse Gonzalez, o capitão, ao ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.

O bote transportava 146 pessoas e, em poucos minutos, elas estavam sendo retiradas de lá em grupos de 25. Os coletes salva-vidas foram removidos e verificações médicas e de identidade foram feitas. Em duas horas, todos estavam em segurança a bordo do Phoenix, que é operado pela base em Malta da ONG Migrant Offshore Aid Station (MOAS), especializada em busca e resgaste.

“Essa foi fácil. Ninguém se machucou, ninguém morreu, nenhuma criança faleceu.”

A ONG é a primeira organização de busca e resgaste a operar no centro do Mediterrâneo. “Essa foi fácil”, disse um membro da tripulação da MOAS. “Ninguém se machucou, ninguém morreu, nenhuma criança faleceu. Foi fácil”.

Hoje, 26% das operações de resgate no Mediterrâneo são realizadas por ONGs, a maioria pelos dois navios da MOAS, Phoenix e Topaz. Desde 2014, a MOAS salvou cerca de 33.000 pessoas. Sua tripulação é composta por pessoas com décadas de experiência nas forças armadas maltesas, norte-americanas, marinha italiana e empresas privadas.