Bibliotecas para crianças refugiadas e brasileiras são inauguradas em São Paulo
Bibliotecas para crianças refugiadas e brasileiras são inauguradas em São Paulo
Na zona leste de São Paulo, no bairro da Penha, uma das bibliotecas foi instalada no centro de acolhida Caemi-Palotinas, equipamento municipal destinado preferencialmente para a acolhida de mulheres refugiadas e imigrantes com ou sem filhos.
A biblioteca foi montada em um amplo espaço de convivência da instituição, contando com 4mil livros de diferentes idiomas, como português, inglês e espanhol, condizente com o perfil das mulheres e crianças acolhidas neste espaço. Sete voluntários, sendo seis do colégio Porto Seguro Morumbi e um da Escola Suíça, atuaram por cerca de 20 horas de trabalho para estruturar a biblioteca.
Já na zona sul da capital, no bairro Jardim Colonial, outra biblioteca foi instalada no centro de acolhida Aldeias Infantis SOS Brasil, organização parceiro do ACNUR que trabalha com a acolhida e integração local de famílias venezuelanas vindas por meio do programa de interiorização do governo federal.
A biblioteca foi possível graças ao comprometimento de alunos do segundo e terceiro anos do ensino médio do colégio Magno, que montaram uma comissão para gerir o projeto. Em um mês de projeto, os estudantes arrecadaram 600 livros e cerca de 200 cartas foram escritas pelos alunos do colégio em solidariedade às pessoas refugiadas.
“O projeto Mi Casa, Tu Casa é um exemplo do compromisso assumido por pessoas e instituições que verdadeiramente contribuem para o processo de acolhida e integração de jovens e adultos de diferentes nacionalidades que chegam ao Brasil em busca de proteção e da garantia de seus direitos. A parceria do ACNUR com o jornal Joca e com a organização Hands On Human Rights reflete nosso alinhamento comum de trabalharmos para melhor acolher as crianças refugiadas e imigrantes, sendo a literatura um meio transformador para atingirmos esse objetivo”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil.
Além da doação de livros de variados assuntos, idiomas e formatos, o projeto também leva cartas de apoio a crianças e adolescentes que estão abrigados nos centros de acolhida parceiros. Trata-se de mais um meio caloroso de recepcionar crianças que tiveram que deixar seus locais de origem e contam com o apoio de jovens brasileiros para facilitar o processo de se sentirem em casa no Brasil.
Informações adicionais sobre o projeto, contemplando formas de apoiar e atualizações das bibliotecas já instaladas no país estão disponíveis em conteudo.jornaljoca.com.br/mi-casa. Nesta mesma semana de comemorações em torno do Dia Mundial do Refugiado, o jornal Joca produziu mais um conteúdo em suas páginas sobre a realidade de crianças refugiadas no Brasil, entrevistando dois jovens: uma garota venezuelana e um rapaz da República Democrática do Congo. O link da entrevista está disponível em www.jornaljoca.com.br/dois-jovens-refugiados-no-brasil/