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Campo de Kakuma no Quênia já opera acima de sua capacidade máxima

Comunicados à imprensa

Campo de Kakuma no Quênia já opera acima de sua capacidade máxima

Campo de Kakuma no Quênia já opera acima de sua capacidade máximaO campo de Kakuma ultrapassou a capacidade máxima de 100 mil pessoas, aumentando a preocupação sobre a constante chegada de refugiados nos últimos dois anos.
6 Agosto 2012

CAMPO DE REFUGIADOS DE KAKUMA, Quênia, 6 de agosto de 2012 (ACNUR) – O campo de Kakuma, instalado no norte do Quênia em 1992, ultrapassou a capacidade máxima de 100 mil pessoas, aumentando a preocupação sobre a constante chegada de refugiados nos últimos dois anos.

“A ameaça de conflitos nos países vizinhos, particularmente no Sudão e Sudão do Sul, continuará levando pessoas a buscar refúgio no Quênia possivelmente até 2013”, afirmou Guy Avognon, chefe do escritório do ACNUR em Kakuma.

Nos primeiros sete meses deste ano, 12.123 pessoas foram registradas no campo, a maioria vinda dos estados de Jonglei e Kordofan, no Sudão do Sul. Um número significativo de refugiados do Burundi, Etiópia, Somália e República Democrática do Congo também buscaram refúgio em Kakuma este ano.

Avognon apontou a possibilidade de tensões entre moradores do campo e a comunidade local devido ao acesso limitado a água e demais recursos. A assistência humanitária - particularmente no que diz respeito a abrigo, saneamento, educação e saúde – ficam prejudicados pela falta de recursos para atender a demanda da crescente população.

“O fluxo constante de pessoas já esgotou o espaço para a construção de novos assentamentos. Apesar da superlotação, o ACNUR e seus parceiros trabalham para identificar outros lugares que possam acomodar a população nos assentamentos já existentes”, disse Avognon.

O aumento da população cria sérias questões para a operação, pois não é possível expadir o campo sem que novas fontes de água sejam identificadas. Desde o início deste ano têm sido feitos esforços para fornecer a quantidade suficiente de água potável para os habitantes. No entanto, o s refugiados estão recebendo menos do que os 20 litros de água necessários diariamente por pessoa.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados tem negociado com o governo queniano sobre a construção de um segundo campo desde o ano passado, mas ainda não se chegou a nenhum acordo apesar da identificação de um local possível a 35 quilômetros de Kakuma. O ACNUR está otimista de que as conversas serão bem sucedidas e um novo local para receber refugiados estará disponível até o final do ano.

No entanto, são necessários aproximadamente US$16,7 milhões para a criação deste segundo campo. Com as atuais limitações financeiras do ACNUR este será outro desafio.

Emmanuel Nyabera no campo de refugiados de Kakuma