Close sites icon close
Search form

Search for the country site.

Country profile

Country website

Cate Blanchett pede maior apoio internacional para refugiados Rohingya e comunidades de acolhida

Comunicados à imprensa

Cate Blanchett pede maior apoio internacional para refugiados Rohingya e comunidades de acolhida

21 Março 2018
Cate Blanchett em missão em Bangladesh (William De Villiers, produtor/Jack Hardy, editor)
COX'S BAZAR, Bangladesh - A Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR, Cate Blanchett, alertou hoje para uma “corrida contra o tempo” para a proteção de refugiados Rohingya dos impactos que a próxima estação de monções pode causar em Bangladesh.

Blanchett visitou o sudeste de Bangladesh, onde mais de 671 mil crianças, mulheres e homens de Mianmar buscaram segurança desde agosto do ano passado.

À medida que a estação das monções se aproxima, mais de 150 mil refugiados correm o risco de enfrentar deslizamentos de terra e inundações, o que pode se tornar uma emergência dentro de uma emergência.

“Os refugiados Rohingya já vivenciaram violência direcionada, abusos de direitos humanos e viagens horríveis. Eles mostraram coragem e resiliência inimagináveis”, disse Blanchett, no final de sua visita aos assentamentos de Kutupalong, Nyapara e Chakmarkul, localizados na proximidade de Cox’s Bazar, nesta semana.

“Mas agora, à medida que a estação de monções se aproxima, o governo de Bangladesh, com o apoio do ACNUR e de seus parceiros, está em uma corrida contra o tempo para garantir que a população refugiada esteja segura para enfrentar possíveis inundações e deslizamentos de terra”.

No assentamento de Chakmarkul, Blanchett conheceu Jhura, de 28 anos, que fugiu de Mianmar com seus dois filhos quando sua aldeia foi atacada há seis meses. Ela agora vive em um abrigo de bambu construído ao lado de uma colina íngreme.

“As monções estão chegando e estou com medo de que o vento leve o telhado. Há abrigos acima de onde eu moro que cairiam sobre nós se houvesse um deslizamento de terra. O chão ficará escorregadio e me preocupo com o fato de que será difícil se locomover”, diz Jhura, que se separou do marido, que ela teme ter sido morto.

“Em Myanmar eu morava em uma casa melhor, mas ainda temia as monções - às vezes o telhado voava e às vezes meus filhos ficavam doentes”, disse Jhura a Blanchett.

Blanchett se encontrou com outros refugiados em um centro de trânsito apoiado pelo ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, em um centro de aprendizado temporário e em um centro integrado de mulheres, uma cozinha comunitária e um centro de treinamento de subsistência.

“As monções estão chegando e estou com medo de que o vento leve o telhado”.

Blanchett também conversou com um cantor refugiado, Mohammed, que sustenta sua família escrevendo e executando canções poéticas, conhecidas como ghazals, inspiradas nos eventos, histórias e preocupações da comunidade de refugiados. Ele interpretou uma nova ghazal sobre os medos da comunidade Rohingya da próxima estação de monções, cantando “se as chuvas vierem e os ciclones aparecerem... o que o mundo fará?”

Impressionada com a dimensão do trabalho de preparação para as monções atualmente em curso, Blanchett disse: “Eu vi, em primeira mão, como o ACNUR – ao lado de seus parceiros e da população refugiada – está trabalhando para evitar uma emergência dentro de uma emergência no distrito de Cox’s Bazar.

A equipe está em campo, distribuindo abrigos e kits pré-monção para famílias vulneráveis, reforçando estradas, pontes, caminhos e outras infraestruturas que estão em risco de desabamento, além de realocar as famílias para lugares mais seguros onde há disponibilidade de terra. Porém, mais ações são necessárias para garantir que os refugiados estejam seguros”, continuou Blanchett.

Em apelo à comunidade internacional para que mostre solidariedade e compartilhe a responsabilidade desta crise com o governo e as pessoas de Bangladesh, Blanchett acrescentou que "as pessoas de Bangladesh e as comunidades de acolhida têm sido as primeiras a responder à crise, apoiadas por agências como o ACNUR e seus parceiros. Mas eu não posso deixar de enfatizar como a ajuda para esses refugiados vulneráveis e apátridas é necessária, que são, em sua maioria, mulheres e crianças”.

Seu apoio é fundamental. Ajude agora.